As ações da China devolveram os ganhos iniciais e terminaram esta sexta-feira (15) em baixa. Fontes disseram à Reuters que o país terá um déficit orçamentário para 2024 menor do que o esperado. Em Hong Kong, as ações subiram com a decisão das autoridades de sustentar o mercado imobiliário.
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O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,31%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,56%.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 2,38%, registrando o maior salto diário em um mês.
O mercado asiático em geral atingiu um pico de quatro meses. Quedas acentuadas do dólar e nos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos ampliaram os ganhos, impulsionados pelo Fed. A resistência dos bancos centrais da Europa a cortes nos juros pode ser um golpe para as expectativas de uma mudança global na política monetária.
Os líderes chineses concordaram, em uma reunião anual sobre a economia nesta semana, em executar um déficit orçamentário de 3% do Produto Interno Bruto em 2024, disseram fontes à Reuters. O número é menor do que a meta revisada de 3,8% deste ano, sugerindo que Pequim quer manter a disciplina fiscal, não considerando grandes medidas fiscais no próximo ano.
Pequim e Xangai relaxaram restrições à compra de casas na quinta-feira (14). Isso inclui a redução da taxa mínima de depósito para a primeira e segunda casas, sugerindo novos esforços das autoridades chinesas para reanimar o lento mercado imobiliário.
Dados da Agência Nacional de Estatísticas divulgados nesta sexta-feira (15) mostram que os preços das casas novas na China caíram pelo quinto mês consecutivo em novembro. O investimento em imóveis caiu 9,4% de janeiro a novembro em relação ao ano anterior.
A produção industrial cresceu 6,6% em novembro em relação ao ano anterior, mais rápido do que o ganho de 4,6% em outubro. Esse foi o crescimento mais forte desde setembro de 2022.
As vendas no varejo cresceram 10,1% em novembro, acelerando em relação ao aumento de 7,6% em outubro. Mas não atenderam às expectativas dos analistas de um salto de 12,5%, alimentado principalmente pelo efeito de base baixa em 2022, quando as restrições da Covid afetaram consumidores e empresas.
Analistas adotaram uma postura cautelosa em relação à melhoria dos dados de produção, impulsionada pelo crescimento mais rápido em automóveis e por geração de energia. Se observa que a deflação nas fábricas se aprofundou no mês passado e que uma recuperação econômica completa ainda está longe.
“O mercado esperava que as políticas pró-crescimento dessem frutos rapidamente, o que ainda não foi efetivamente traduzido em crescimento de curto prazo devido às restrições da transmissão de política monetária e da confiança das empresas”, disse Bruce Pang, economista-chefe da Jones Lang Lasalle.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,87%, a 32.970 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,38%, a 16.792 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,56%, a 2.942 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,31%, a 3.341 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,76%, a 2.563 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,12%, a 17.673 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,21%, a 3.116 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,88%, a 7.442 pontos.