O Ibovespa opera em alta de 0,58% na abertura do pregão desta segunda-feira (18), a 130.947 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores começaram a semana repercutindo a aprovação, na Câmara dos Deputados, da reforma tributária, que foi votada em dois turnos na casa. Agora, a medida segue para o Congresso Nacional.
O dólar avançava 0,45% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9367.
Por aqui, o mercado reduziu a perspectiva para a inflação e para a taxa de câmbio neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.
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A perspectiva para a alta do IPCA este ano caiu a 4,49%, de 4,51% na semana anterior, ficando abaixo do teto da meta depois que dados divulgados na semana passada mostraram que a inflação acumulou nos 12 meses até novembro avanço de 4,68%.
Para 2024 a conta no levantamento que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos seguiu em 3,93%, bem como em 3,50% para os dois anos seguintes.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda ajuste na perspectiva para o dólar, que deve encerrar este ano a R$ 4,93, contra R$ 4,95 no levantamento anterior. Em 2024 a projeção para a moeda norte-americana seguiu em R$ 5,00 reais.
No cenário corporativo, a Americanas, que está em recuperação judicial desde o início do ano, viu o número de clientes ativos encolher em mais de 7,5 milhões desde dezembro de 2022 até novembro deste ano, de acordo com documentos da empresa divulgados ao mercado na noite de sexta-feira.
Segundo o “balanço de informações para RMA” de novembro publicado pela Americanas, a empresa tinha 49,12 milhões de clientes em dezembro de 2022, número que passa a encolher mensalmente desde janeiro deste ano, quando o grupo divulgou “inconsistências contábeis” bilionárias que acabaram forçando o pedido de proteção contra credores.
De acordo um documento divulgado pela empresa nesta manhã, o banco Safra e outros credores decidiram aderir a um acordo entre os principais detentores da dívida da companhia que prevê apoio para aprovação do plano de recuperação judicial do grupo.
O banco Safra, que vinha dizendo que a adesão ao acordo implicaria concordância com cláusulas que buscam evitar que credores permaneçam investigando “as verdadeiras causas das fraudes perpetradas na companhia”, aderiu ao chamado PSA juntamente com BTG Pactual Asset Management e Oliveira Trust, que é agente fiduciário da 17ª emissão de debêntures da Americanas.
Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou na última sexta-feira (15), a reforma tributária. A emenda à Constituição agora pode ser promulgada pelo Congresso Nacional.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam por novos dados de inflação, que serão divulgados ainda nesta semana.
Na Ásia, as ações chinesas ampliaram sua queda nesta segunda-feira, após cinco perdas semanais consecutivas, uma vez que o sentimento de risco permaneceu fraco depois que dados recentes mostraram uma recuperação econômica lenta e que os sinais de uma reunião de líderes topo não conseguiram empolgar os investidores.
As ações asiáticas em geral caíram em um início fraco de uma semana em que o banco central do Japão pode se distanciar ainda mais de suas políticas superfrouxas, enquanto uma leitura sobre a inflação dos Estados Unidos deve sustentar a precificação do mercado de cortes na taxa de juros.
A economia da China deve ter condições mais favoráveis e mais oportunidades do que desafios em 2024, disse a mídia estatal citando autoridades do gabinete de finanças e economia do Partido Comunista chinês.
As políticas macroeconômicas continuarão a dar apoio à recuperação econômica, disse a agência oficial Xinhua em uma leitura detalhada da Conferência de Trabalho Econômico Central anual realizada de 11 a 12 de dezembro, durante a qual os principais líderes definiram as metas econômicas para o ano seguinte.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,97%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,24%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,40%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,64%.
Na Europa, o Banco Central Europeu precisará de pelo menos até o final do primeiro trimestre para poder reavaliar suas perspectivas de política monetária e as expectativas do mercado para um corte na taxa de juros em março ou abril são prematuras, disse o membro do BCE Bostjan Vasle nesta segunda-feira.
O BCE deixou as taxas de juros inalteradas na semana passada e orientou para uma política monetária estável nos próximos meses, mesmo com os investidores pressionando o banco a seguir o Federal Reserve na sinalização de cortes nos juros devido a uma série de dados de inflação inesperadamente benignos.
O sentimento das empresas alemãs piorou inesperadamente em dezembro, informou o instituto Ifo nesta segunda-feira, depois que sua mais recente pesquisa também mostrou um declínio tanto nas expectativas quanto nas condições atuais.
O instituto Ifo disse que seu índice de clima empresarial ficou em 86,4, contra 87,8 previstos pelos analistas em uma pesquisa da Reuters, após uma leitura revisada de 87,2 em novembro.
O Stoxx 600 perdia 0,14%; na Alemanha, o DAX recuava 0,42%; o CAC 40 em queda de 0,41% na França; na Itália, o FTSE MIB cai 0,39%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,47% no Reino Unido.
(Com Reuters)