O Ibovespa opera em leve alta de 0,09% na abertura do pregão desta sexta-feira (1º), a 127.437 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. No primeiro pregão de dezembro, as expectativas giram em torno de declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a trajetória dos juros nos próximos meses. No exterior, os investidores também acompanham as falas do Federal Reserve.
O dólar avançava 0,14% ante o real por volta das 10h20. A moeda era negociada a R$ 4,9220.
No Brasil, diversos indicadores, especialmente os de inflação e de emprego que foram divulgados nos últimos dias, mostram que a economia segue com um ritmo de atividade razoável e com inflação sob controle.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Na quinta-feira (30) declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reforçaram a tese de que os juros brasileiros devem continuar caindo ao longo de 2024. Em um evento em São Paulo, Galípolo tratou da possibilidade de manter o ritmo de queda da taxa referencial Selic em 0,50 ponto percentual “nas próximas reuniões”.
Pensando nisso, nesta sexta-feira deverá haver um pronunciamento de Roberto Campos Neto, presidente do BC, na solenidade de fim de ano da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Se as declarações de Campos Neto corroborarem as de Galípolo, estará formalmente aberta a temporada de especulação sobre o tamanho da queda adicional da Selic em 2024.
Por aqui, a indústria registrou aumento da produção abaixo do esperado no início do terceiro trimestre, ainda mostrando falta de dinamismo em outubro diante dos efeitos defasados da política monetária restritiva.
A produção industrial teve em outubro crescimento de 0,1% em relação a setembro, enquanto na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 1,2%.
Os resultados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,3% na comparação mensal e de 1,3% na base anual.
Ao longo do ano, a indústria nacional intercalou resultados positivos e negativos, mas sempre rondando perto da estabilidade, com exceção de março, quando a produção cresceu 1,1%.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, a divulgação de um índice de inflação americana Personal Consumption Expenditure (PCE) de outubro em linha com as expectativas do mercado e confirmando uma inflação na descendente animou os investidores.
Desta forma, as expectativas ficam em torno da participação de Jerome Powell, chair do Federal Reserve, em evento que pode trazer novas perspectivas sobre a política monetária do país.
Na Ásia, as ações chinesas e de Hong Kong caíram nesta sexta-feira, com o índice Hang Seng registrando sua pior semana em mais de três meses, já que dados da atividade industrial da China mostraram que a economia continua instável.
A atividade industrial da China expandiu inesperadamente em novembro diante do aumento das encomendas, segundo uma pesquisa privada divulgada nesta sexta-feira, mas a demanda externa lenta continua a pesar.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial do Caixin/S&P Global subiu para 50,7 em novembro, em comparação com a leitura de 49,5 em outubro, marcando a expansão mais rápida em três meses e superando as previsões dos analistas de 49,8. A marca de 50 pontos separa crescimento de contração.
O setor industrial está lutando para se recuperar, com o PMI oficial mostrando retração pelo segundo mês na quinta-feira, apesar de o crescimento econômico da China ter sido melhor do que o esperado no terceiro trimestre.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,25%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,74%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,06%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,17%.
Na Europa, a retração da atividade industrial da zona do euro diminuiu ligeiramente no mês passado, mas o setor permanece profundamente enraizado em território contracionista, levando as fábricas a reduzir os níveis de pessoal pelo sexto mês consecutivo.
O Índice Gerentes de Compras (PMI) final do HCOB para o setor industrial da zona do euro, compilado pela S&P Global, subiu para 44,2 em novembro, em comparação com 43,1 em outubro, acima da estimativa preliminar de 43,8. Uma leitura abaixo de 50 indica contração na atividade. O subíndice que mede a produção subiu de 43,1 para 44,6.
O Stoxx 600 ganhava 0,48%; na Alemanha, o DAX recuava 0,73%; o CAC 40 em alta de 0,37% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,44%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,66% no Reino Unido.
(Com Reuters)