O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta mais do que o esperado em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (15). É a taxa mensal mais intensa em um ano e meio. O relatório cita nova pressão de commodities como a principal influência.
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O IGP-10 teve alta 0,62% neste mês, contra avanço de 0,52% em novembro, bem acima da expectativa de 0,48% de alta. É a variação positiva mais acentuada desde junho de 2022 (+0,74%).
Assim, o índice encerrou o ano com queda acumulada em 12 meses de 3,56%, desacelerando as perdas ante a deflação de 3,81% em novembro.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do IGP, avançou 0,81% em dezembro. No mês passado teve alta de 0,60%, mas fechou 2023 com queda acumulada de 6,02%.
“Os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor (IPA) foram as commodities de grande relevância”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços, sobre o resultado de dezembro.
“A influência significativa do minério de ferro (de 0,82% para 4,66%), do milho (de 0,68% para 7,16%), da soja (de -1,27% para 1,76%) e do café (de 3,57% para 5,86%) representou 79% do resultado geral do IPA (em dezembro)”.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – 30% do IGP – desacelerou os ganhos para 0,22%, de 0,39% em novembro. No ano, a alta acumulada foi de 3,43%
“No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), destacaram-se os serviços bancários (de 0,00% para 2,34%) e o aluguel residencial (de -0,96% para 0,98%)”, disse Braz.
Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – 10% do IGP – teve variação positiva de 0,01% em dezembro, contra 0,18% em novembro. Chega ao fim de 2023 com avanço de 3,04% no ano.
A Selic está atualmente em 11,75%, continuando em patamar contracionista mesmo após quatro reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual nos juros pelo Banco Central, que manteve sua taxa básica em 13,75% por quase um ano de forma a combater a inflação.