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Cenários
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a Ata da sua 259ª reunião na manhã desta terça-feira. O texto foi cauteloso. Relembrando: em sua mais recente reunião, o Copom confirmou as expectativas do mercado e reduziu a taxa referencial Selic em 0,5 ponto percentual para 11,75% ao ano.
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As expectativas se confirmaram. Porém, o que animou o mercado foi a declaração de que os membros do Comitê “anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”, no plural, e “avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
A Ata manteve essa declaração. No entanto, houve um alerta. “O Comitê percebe a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista pelo horizonte relevante para que se consolide a convergência da inflação para a meta e a ancoragem das expectativas”, diz o texto.
E explica o motivo: “o Comitê avalia que houve um progresso desinflacionário relevante, em linha com o antecipado pelo Comitê, mas ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta”, informa a Ata.
Perspectivas
Última comunicação relevante do Banco Central (BC) de 2023, a Ata mostra uma distensão no cenário externo, especialmente devido à baixa da inflação e à perspectiva de baixa dos juros nas economias centrais. No entanto, segundo a Ata, “o Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”.
No cenário doméstico, apesar da queda da inflação ter confirmado as expectativas, o Comitê avaliou que “esgotam-se algumas fontes que contribuíram para o primeiro estágio da desinflação”. E o texto acrescentou que “alguns membros avaliaram que a persistência de uma conjunção de maior resiliência do consumo e queda no investimento poderia provocar, no médio prazo, um excesso de demanda em relação à oferta”. Ou seja, a manutenção da inflação elevada.
Finalmente, a Ata repete a importância do equilíbrio fiscal. Segundo o texto, “tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas.”
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A conclusão é que o texto é cauteloso. Reconhece a queda da inflação no Brasil e a distensão no ambiente externo, mas frisa que seguem os riscos de que o desequilíbrio das contas públicas mantenha os juros estruturais da economia elevados.
Indicadores
- Brasil
Ata do Copom
- Estados Unidos
Licenças para construções (Nov)
Esperado: 1,470 milhão
Anterior: 1,498 milhão
- Zona do Euro
Inflação ao consumidor (12m)
Observado: 2,4%
Esperado: 2,4%
Anterior: 2,9%