Pré-mercado: o emprego e os juros americanos

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Bom dia. Estamos na sexta-feira, 8 de outubro.

Cenários

Será divulgado hoje o indicador de emprego americano mais esperado das últimas semanas, o nível de emprego não-agrícola (“non-farm payroll”) de novembro. A projeção é da criação de 180 mil empregos, ante 150 mil criados em outubro. O crescimento de vagas no mês passado é atribuído ao efeito estatístico com o fim da greve das montadoras.

Também serão divulgados o salário médio, com a expectativa de um aumento de 0,30% em novembro em relação a outubro, e a taxa de desemprego aberto. O prognóstico é de estabilidade em 3,9%, mesmo percentual de outubro.

Perspectivas

A importância desse indicador deve-se ao fato de ele ser uma medição da demanda por mão de obra nos setores público e privado, com exceção da atividade agrícola. Essa abrangência faz com que esse número mostre como está a atividade em setores que representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.

Um resultado abaixo das expectativas confirmará a tendência de outros indicadores divulgados ao longo da semana, mostrando um arrefecimento da demanda por mão de obra e, consequentemente, uma queda do ritmo de atividade econômica.

Essa queda fortalecerá as apostas de que o Federal Reserve (FED), o banco central americano, começará a cortar os juros nos Estados Unidos em março de 2024. Os números que serão divulgados nesta sexta-feira são considerados decisivos para projetar a política monetária antes das reuniões do Federal Open Market Comittee (Fomc) e do Comitê de Política Monetária (Copom), que devem terminar, ambas, na chamada Super Quarta (13).