As ações da Meta bateram um recorde na sexta-feira (19). Elas subiram 2,2% na máxima do dia, para US$ 384,36. Com isso, a empresa zerou a queda de 77% acumulada desde recorde anterior, estabelecido em setembro de 2021.
A valorização indica uma recuperação excepcional da gigante de redes sociais em meio à fé renovada de Wall Street em seu CEO. Mark Zuckerberg redirecionou a atenção da empresa na melhoria dos resultados financeiros.
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Os dois últimos anos foram desafiadores para a companhia. A piora das condições econômicas e a alta dos juros nos Estados Unidos a partir de meados de 2022 pesaram sobre todas as empresas e especialmente sobre as companhias de tecnologia, que dependem de investimentos contínuos.
No entanto, o cenário para a empresa de Zuckerberg foi pior. A começar pela mudança de nome, de Facebook para Meta. A alteração visava refletir o novo foco da empresa no Metaverso, o projeto de realidade virtual e aumentada que foi a grande aposta de Zuckerberg. A iniciativa desagradou muito o mercado, pois a divisão do Metaverso teve US$ 13,7 bilhões em perdas operacionais em 2022.
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Porém, as cotações se recuperaram com força em 2023, quando Zuckerberg elogiou o “ano de eficiência” da empresa, marcado pela demissão de mais de 20 mil colaboradores e pelo esforço para aumentar os lucros. A iniciativa começou a dar frutos. As ações da Meta tiveram o segundo melhor desempenho do índice S&P 500 em 2023, com uma valorização de quase 200%.
Seus ganhos ocorreram durante uma ampla recuperação das grandes ações de tecnologia, e o índice Nasdaq, de alta tecnologia, subiu mais de 40% no ano passado. Zuckerberg, que possui cerca de 13% da empresa, ficou muito mais rico à medida que as ações da Meta disparavam. Seu patrimônio líquido estimado pela Forbes na sexta-feira (19) é de US$ 134,5 bilhões, a quinta maior fortuna do mundo.
A Meta está agora a 2% de atingir uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão pela primeira vez em sua história. Apple, Microsoft, Saudi Aramco, Alphabet, Amazon e Nvidia são as únicas empresas no mundo avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. O valor de mercado de cerca de US$ 985 bilhões da Meta na sexta-feira tornou-a a sétima empresa mais valiosa do mundo.
A Meta divulgará os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano inteiro em 1º de fevereiro. Os analistas esperam que ela anuncie seu ano mais lucrativo de todos os tempos, com um recorde de US$ 72,6 bilhões de Ebitda projetado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de acordo com a FactSet.
Tecnologia
A alta das ações da Meta não foi a única. As ações americanas atingiram um máximo histórico na sexta-feira graças, principalmente, às ações de tecnologia. O índice S&P 500 subiu 1,2 por cento para fechar em 4.840 pontos, ultrapassando o recorde anterior estabelecido em 3 de janeiro de 2022.
O S&P esteve perto dos recordes durante um mês, após uma forte recuperação no final de 2023. No entanto, os mercados perderam ímpeto na virada do ano, à medida que dados econômicos decepcionantes atenuaram o otimismo sobre a rapidez com que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, vai começar a cortar as taxas de juros. Mesmo depois do recorde da sexta-feira, o S&P subiu apenas 1,5% em janeiro, em comparação com uma recuperação de 16% ao longo de nove semanas consecutivas de ganhos desde o fim de outubro.
O Nasdaq, que é dominado por ações de tecnologia, também subiu quase 20% desde o fim de outubro, mas precisaria de ganhar mais 5% para bater um novo recorde. E o setor de tecnologia levou o S&P a seu novo recorde. Além da Meta, Microsoft e Nvidia também bateram recordes na sexta-feira (19).