O Ibovespa opera em queda de 0,23% na abertura do pregão desta terça-feira (30), a 128.207 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. As atenções continuam voltadas para as decisões de política monetária que começam a ser tomadas hoje pelo Copom e pelo Federal Reserve. No Brasil, o IGP-M veio abaixo do esperado pelo mercado, acumulando queda de 3,32% em 12 meses.
O dólar recuava 0,13% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9391.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta para 0,07% em janeiro, de 0,74% em dezembro, começando o ano sob efeito do arrefecimento dos preços das matérias-primas brutas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
O resultado de janeiro ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,24%, e levou o índice a acumular em 12 meses queda de 3,32%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, recuou 0,09% no mês, bem distante da alta de 0,97% vista em dezembro.
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram pela terceira semana seguida a perspectiva para a inflação neste ano, deixando inalterado o cenário para a política monetária, mostrou a pesquisa Focus divulgada nesta terça-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2024 foi reduzida em 0,05 ponto percentual, a 3,86%.
A projeção segue acima do centro da meta oficial, que é de 3,0%, mas abaixo do teto, de 4,50%. Para 2025, 2026 e 2027 a pesquisa continua apontando expectativa de alta de 3,50% para o IPCA.
A confiança do setor de serviços do Brasil voltou a subir no início de 2024 e foi ao melhor nível em pouco mais de um ano com a melhora das expectativas, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,9 ponto, para 95,7 pontos, chegando ao patamar mais elevado desde outubro de 2022 (97,6 pontos), depois de ter recuado em dezembro.
O Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, sustentou a melhora, com alta de 6,4 pontos, para 95,0 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (97,3 pontos).
No cenário corporativo, a Sabesp anunciou no final da segunda-feira que seu conselho de administração aprovou emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures e que a operação poderá atingir R$ 3 bilhões se mais papéis forem ofertados, segundo fato relevante ao mercado.
A 31ª emissão de debêntures da Sabesp terá recursos destinados a “refinanciamento de compromissos financeiros
vincendos em 2024 e recomposição e reforço de caixa”.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, as atenções do mercado se voltam para os resultados corporativos de gigantes de tecnologia como Microsoft e Alphabet, controladora do Google.
Na Ásia, as ações da China caíram nesta terça-feira em meio ao agravamento das preocupações com o setor imobiliário depois que a China Evergrande recebeu ordem de liquidação, ofuscando o otimismo em relação às medidas do governo para aumentar a confiança dos investidores.
As ações asiáticas em geral foram pressionadas pelos mercados da China, enquanto o aumento das tensões geopolíticas sustentaram os preços do petróleo e afetaram o apetite por risco antes da reunião do Federal Reserve.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 2,32%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 1,11%. Já na China
continental, o índice Shanghai perdeu 1,83%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,11%.
Na Europa, a economia da zona do euro evitou por pouco uma recessão técnica nos últimos três meses de 2023, apesar do encolhimento da produção na Alemanha, principalmente graças ao forte crescimento na Espanha e em Portugal e a um modesto aumento na Itália, mostraram dados nesta terça-feira.
Uma estimativa preliminar do escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 20 países que compartilham o euro ficou estável no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores.
A economia da Alemanha encolheu nos últimos três meses de 2023, informou o departamento de estatísticas, com os economistas prevendo que a maior economia da Europa entrará em outra recessão técnica no primeiro trimestre de 2024.
O Produto Interno Bruto contraiu 0,3% no quarto trimestre em comparação com o trimestre anterior, em linha com as expectativas dos analistas, em linha com uma pesquisa da Reuters.
A economia francesa estagnou no quarto trimestre, mostraram dados preliminares da agência de estatísticas INSEE nesta terça-feira, em linha com as expectativas dos analistas.
Os dados sobre o terceiro trimestre da segunda maior economia da zona do euro pela INSEE para mostrar também estagnação, depois de um recuo de 0,1% informado anteriormente.
Com essas informações, a data exata para o início dos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu é secundária, mas assim que começar o afrouxamento é provável que o banco o faça com pequenos movimentos e possíveis pausas, disse o membro croata do BCE, Boris Vujcic, nesta terça-feira.
Na semana passada, o BCE manteve as taxas de juros e mostrou-se cada vez mais otimista com relação à inflação, aumentando as apostas dos mercados de que começará a cortar os juros em breve.
O Stoxx 600 subia 0,20%; na Alemanha, o DAX avançava 0,12%; o CAC 40 em alta de 0,43% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,74%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,58% no Reino Unido.
(Com Reuters)