Os fundos imobiliários são uma excelente alternativa para você que deseja ter uma renda mensal recorrente.
As características e fundamentos dos FIIs os tornam uma opção segura, rentável e duradoura. Apesar de não serem imunes às flutuações do mercado, eles são menos suscetíveis às instabilidades políticas e econômicas.
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O que considerar antes de investir
Assim como qualquer outro ativo que você vá colocar na carteira, é importante definir o seu foco. Se a sua expectativa for multiplicação de patrimônio de forma exponencial em vez de geração de renda, você precisará de alternativas mais arrojadas, pois os FIIs não têm por característica o crescimento rápido.
Fundos imobiliários são ativos de preservação de patrimônio e não vão te enriquecer do dia para a noite. Porém, não sofrerão quedas expressivas. Desde a criação do IFIX (índice de Fundos Imobiliários da B3), em 2012, a volatilidade média do índice foi inferior a 9%. Sua valorização, considerando um cenário de dez anos com reinvestimento dos dividendos recebidos, foi superior a 180%.
Renda variável com baixo risco
No caso dos FIIs de tijolo, a segurança e estabilidade será sempre proporcional ao grau de diversificação de ativos e de inquilinos, pois isso assegurará que não ocorrerão quedas expressivas dos dividendos.
Claro que alguns papéis oscilam em virtude de acontecimentos atípicos de alguns setores do mercado, tendo performance abaixo do razoável, como vimos, por exemplo, durante a pandemia.
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Entretanto, na maioria dos casos, esse efeito tem muito mais a ver com a instabilidade no comportamento emocional do investidor do que propriamente com os fundamentos dos fundos.
Independente da quantidade de desafios enfrentados pela economia, imóveis não deixam de existir. Podem ficar vagos por um período maior, eventualmente deixando de gerar renda, mas são apenas situações transitórias. O valor do imóvel continuará existindo e, tão logo seja ocupado, o fundo restabelece pagamentos de dividendos.
Os impactos da inflação
Ao adquirir FIIs de papel atrelados à inflação, você precisa saber que com a queda do IPCA, o dividendo também irá cair.
Planejar estrategicamente com base em variáveis conhecidas evitará decisões impulsivas, e ajudará você a se manter alinhado às suas metas financeiras, sem se assustar com os movimentos momentâneos que sempre fazem muitos investidores desavisados saírem vendendo seus ativos e realizando prejuízo.
Casos assim ocorrem geralmente quando a compra não fez parte de uma estratégia de alocação planejada. Muitas pessoas compram com base no quanto o fundo está pagando de dividendos mensais, mas sem se preocupar em ler o relatório gerencial para compreender de onde está vindo esse dividendo alto e quais as perspectivas da economia.
Nos relatórios, os gestores sempre ponderam detalhadamente sobre o comportamento do ciclo econômico e de que forma ele irá afetar para cima ou para baixo a performance do fundo. Ali, já é possível ao investidor ter clareza quanto aos rumos de seu investimento naquele ativo.
Estude a composição dos FIIs que pretende adquirir
Entender o que tem na carteira de um fundo é uma preocupação básica que você precisa ter antes de incluir um ativo em seu portfólio. Afinal, se você está confiando seu dinheiro a um gestor, o mínimo que se espera é que você compreenda de que forma ele gera valor para o fundo.
Fundos imobiliários estão entre os produtos mais simples de se entender no mercado financeiro, principalmente os de tijolo. O Brasil tem a cultura do imóvel como investimento e fonte de renda. Então, um fundo cujo funcionamento é análogo ao daquele imóvel físico que sua família tem alugado é simples de assimilar.
Os fundos de papéis compostos por CRIs são um pouquinho mais complexos, mas o hábito de ler os relatórios dos gestores irá tornar tudo mais compreensível bem antes do que você imagina.
Qual o melhor momento para começar a investir em FIIs
O melhor momento para começar é sempre hoje!Ao adquirir um fundo imobiliário, no mês seguinte você já começa a receber os dividendos, e isso acaba sendo muito pedagógico para compreender o funcionamento desse tipo de ativo.
Você não precisa ser um investidor profissional e nem ter grandes quantias para começar. É possível adquirir até mesmo uma única cota de fundo imobiliário. O fundamental é ler os relatórios, entender o que contém em cada fundo e escolher aqueles que sejam compatíveis com suas metas financeiras.
Os anos passam rápido, e montar um portfólio com um produto amplamente democrático, simples de investir e que oferece a dinâmica de multiplicação de patrimônio e geração de renda, sem a volatilidade das ações, pode te ajudar a mudar seu futuro para muito melhor.
Eduardo Mira é formado em telecomunicações, com pós-graduação em pedagogia empresarial e MBA em gestão de investimento. É analista CNPI, certificado CPA10 e CPA20, ex-gerente do Banco do Brasil e da corretora Modal.
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