A dívida bruta do Brasil encerrou 2023 com alta em dezembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário maior do que o esperado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Banco Central.
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A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 74,3%, contra 73,8% no mês anterior e 71,7% no último mês de 2022.
A alta na base anual deveu-se, segundo ao BC, à incorporação de juros nominais (+7,5 ponto percentual), emissões líquidas (+0,6 p.p.), efeito da valorização cambial acumulada no ano (-0,3 p.p.) e crescimento do PIB nominal (-5,2 p.p.).
Já a dívida líquida foi a 60,8%, de 59,5% em novembro e 56,1% em dezembro de 2022.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 75,0% para a dívida bruta e de 60,0% para a líquida.
Em dezembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 129,573 bilhões, contra saldo negativo de R$ 11,813 bilhões em dezembro de 2022. O BC ressaltou para esse resultado o impacto do pagamento de precatórios, de R$ 92,4 bilhões.
O déficit no último mês do ano foi maior do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 124,35 bilhões.
Assim, o setor público consolidado registrou em 2023 déficit primário de R$ 249,124 bilhões (2,29% do PIB), ante superávit de R$ 125,994 bilhões (1,25% do PIB) em 2022, de acordo com o BC.
O desempenho do último mês do ano mostra que o governo central teve saldo negativo de R$ 127,574 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de R$ 2,940 bilhões e as estatais tiveram superávit de R$ 942 milhões, segundo os dados do Banco Central.