O GPA teve prejuízo líquido consolidado de R$ 303 milhões no quarto trimestre do ano passado, em resultado divulgado no fim da noite de quarta-feira (21) que mostrou despesas avançando em ritmo mais rápido que as receitas ante o mesmo período de 2022.
Considerando as operações continuadas do grupo, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 87 milhões nos três últimos meses de 2023, ante resultado negativo de R$ 272 milhões um ano antes.
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Enquanto a receita líquida da companhia cresceu 7,3% no período, para R$ 5,26 bilhões, as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram quase 16%, para R$ 988 milhões.
As ações do GPA chegaram a abrir em forte alta, mas reverteram o sinal e por volta das 11h exibiam queda de 1,2%, enquanto o Ibovespa avançava 0,4%. O rival Carrefour, que divulgou balanço na segunda-feira com prejuízo de R$ 565 milhões no quarto trimestre, subia 2%.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado do GPA foi de R$ 404 milhões no período, alta de 70,7% sobre um ano antes. A margem passou de 4,8% para 7,7%. Segundo a empresa, foi o melhor Ebitda ajustado dos últimos oito trimestres.
A empresa dona da bandeira Pão de Açúcar abriu 12 novas lojas no quarto trimestre, das quais 11 no formato de proximidade. No período, o GPA fechou 11 lojas, sendo sete supermercados. A base de pontos de venda da empresa encerrou dezembro com 767 lojas, das quais 194 são supermercados Pão de Açúcar.
Questionado sobre os fechamentos, o presidente-executivo do GPA, Marcelo Pimentel, afirmou que, das 11 lojas encerradas, “três ou quatro” foram em caráter temporário para serem incorporadas em projetos residenciais. As restantes foram fechadas por questões de performance menor que a esperada pela empresa.
As vendas mesmas lojas do formato Pão de Açúcar subiram 4,2% ante 6,7% um ano antes. No formato de proximidade, um dos focos de expansão da empresa, as vendas mesmas lojas subiram 5,6% no último trimestre do ano passado, ante ritmo de 17,3% no mesmo período de 2022.
Pimentel, que entrou no GPA em abril de 2022 e iniciou um plano de reestruturação de três anos que se encerra em 2024, citou uma base de comparação mais forte e que “continua havendo deflação em algumas categorias, por exemplo açougue”.
Mas o executivo citou sem dar detalhes que “janeiro foi mês bastante forte para nós…E acabamos de sair sazonalidade de carnaval que também foi muito boa”.
O GPA terminou 2023 com caixa de R$ 3 bilhões, equivalente a 3,1 vezes a dívida de curto prazo. A alavancagem foi de 1,7 vezes, praticamente estável sobre o indicador apurado um ano antes.