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Cenários
Fevereiro se encerra com vários indicadores econômicos importantes na agenda. Na terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar a prévia do IPCA de fevereiro. A mediana das projeções do mercado indica uma variação de preços em 12 meses marginalmente acima do teto da meta de inflação, indicando 4,52%, ante os 4,47% nos 12 meses até janeiro.
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Já na quinta-feira (29) será divulgado outro índice de inflação, o americano Personal Consumption Expenditure (PCE) de janeiro. A mediana das expectativas é de que o PCE agregado terá uma variação acumulada em12 meses de 2,4%, abaixo dos 2,6% nos 12 meses até dezembro. A projeção para o núcleo do PCE, que não considera os preços mais voláteis de alimentos, combustíveis e energia, também é de desaceleração. O prognóstico é de 2,8% em 12 meses até janeiro, ante 2,9% nos 12 meses até dezembro.
Perspectivas
Os dois índices de inflação serão muito importantes para a fixação das expectativas do mercado com relação à trajetória dos juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Em seus comunicados e nas declarações de seus diretores, o Federal Reserve (FED), o banco central americano, tem sido claro que o início da redução dos juros nos Estados Unidos dependerá dos dados.
Ou seja, só haverá uma sinalização de afrouxamento da política monetária americana quando houver sinais claros de convergência da inflação para a meta de 2% ao ano. Não se espera que isso ocorra com o PCE de janeiro. No entanto, a continuidade da desaceleração vai elevar as probabilidades de corte dos juros.
A questão no Brasil é um pouco diferente. Por aqui, a queda dos juros já está contratada, constando inclusive dos comunicados do Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, a dúvida é se a taxa referencial Selic vai cair tanto quanto o mercado espera.
Apesar de o Relatório Focus vir indicando sistematicamente projeções de um IPCA ao redor de 3,8% em 2024, a inflação segue rodando perto do teto da meta, principalmente devido à alta dos preços dos serviços. Até Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), alertou para isso em declarações na semana passada. Assim, a continuidade dos preços acima do esperado poderá levar o mercado a revisar suas projeções para a Selic. Na edição mais recente do Relatório Focus (que vem sendo divulgada fora do padrão devido à paralisação dos servidores do BC), a projeção é de a Selic encerrar 2024 a 9% ao ano. Inflações persistentemente ao redor, ou mesmo acima do teto da meta podem alterar essa projeção.
Indicadores
- Brasil
Sem indicadores relevantes
- Estados Unidos
Vendas de casas novas (Jan)
Esperado: 680 mil
Anterior: 664 mil