Os preços ao produtor no Brasil recuaram 0,18% em dezembro e fecharam 2023 com deflação acumulada de 4,98%, taxa mais baixa para um ano desde o início da série histórica em 2014.
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Em 2022, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia acumulado alta de 3,16%.
O dado mensal do IPP divulgado nesta quinta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) marcou o segundo resultado negativo em sequência, após recuo de 0,34% em novembro.
Ao longo do ano passado, os preços ao produtor registraram queda durante a maior parte do primeiro semestre, passando a subir entre agosto e outubro e voltando a cair nos últimos dois meses do ano.
“Ao analisar o resultado de 2023, é preciso lançar luz também sobre a apreciação cambial acumulada no ano, que amenizou o custo de importação de insumos, tornou os bens finais produzidos no exterior mais competitivos e reduziu o montante recebido em reais pelo exportador brasileiro”, explicou Felipe Câmara, analista do IPP no IBGE.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que no acumulado do ano as que tiveram as maiores variações foram produtos químicos (-17,25%), refino de petróleo e biocombustíveis (-15,45%), papel e celulose (-15,23%) e metalurgia (-9,77%).
Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (-1,85 ponto percential), outros produtos químicos (-1,51 p.p.), metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.).
Já o resultado de dezembro foi puxado pelos preços 4,05% menores do refino, particularmente do óleo diesel.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.