A Brasilprev alcançou a marca de R$ 400 bilhões de reais em ativos sob gestão no começo de 2024, com a sua presidente, Ângela Assis, enxergando um ambiente favorável para o setor nos próximos meses.
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“Nós estamos vendo a melhora do otimismo, redução da taxa Selic, melhora dos índices de emprego…o cenário está positivo para o desempenho de previdência”, afirmou a executiva à Reuters. “Nós estamos confiantes em desempenhar, em ter um bom ano como foi 2023”, reforçou.
No ano passado, a Brasilprev teve um lucro líquido ajustado de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 28,1%, com a carteira total de investimentos avançando 14,1%. A arrecadação dos seus planos de previdência somou 57,4 bilhões, uma expansão de 8,4% em relação ao ano anterior. A companhia de previdência privada é líder de mercado e ligada indiretamente ao Banco do Brasil.
Assis destacou que 2020, 2021 e 2022 foram anos bastante difíceis para o setor, embora no último a situação tenha começado a melhorar, em razão da pandemia e seus desdobramentos. Mas em 2023, disse, houve uma melhora de cenário e começou a se observar uma retomada do movimento pré-pandemia.
A executiva citou que a reforma da Previdência promulgada em novembro de 2019 colocou o assunto em voga, mas o setor acabou sendo impactado pela pandemia e seus reflexos nos anos seguintes, tanto pelos volumes expressivos pagos a beneficiários como por resgates de recursos dos planos.
Assis comentou que a pandemia – e o impacto das mortes – trouxe uma consciência maior da necessidade de proteção das pessoas e seus familiares. “Houve uma maior conscientização da importância de você pensar no seu futuro”, acrescentou.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre o final de março de 2020, quando houve o agravamento da pandemia no país, e o final de 2022, 693.853 pessoas morreram em decorrência do Covid-19 no Brasil. Até o último dia 29 de fevereiro, esse total chegava a 710,174 mil.
Para 2024, a Brasilprev tem um dos focos voltados para a atração de novos clientes, principalmente aqueles que ainda estão fora desse mercado, mas também quer reforçar as estratégias de retenção dos 2,6 milhões de clientes atuais, usando modelos preditivos.
“No ano passado, 12 bilhões de reais em arrecadação foram influenciados por modelos preditivos”, afirmou Assis, referindo-se a modelos analíticos que mostram a propensão dos clientes, por exemplo, de fazer uma realocação de sua carteira, de aumentar o risco, entre outros dados.