O Ibovespa opera em queda de 0,43% na abertura do pregão desta segunda-feira (11), a 126.526 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. A semana será marcada por diversos indicadores econômicos, entre eles a primeira prévia do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) de março, que deve ser divulgado ainda hoje. Porém, as expectativas ficam em torno do IPCA, que também sai nesta semana.
O dólar avançava 0,29% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9962.
A mediana das expectativas para o IPCA de fevereiro é de uma alta de 0,77%, acima dos 0,42% de janeiro. No entanto, a alta acumulada em 12 meses deverá recuar levemente para 4,44% ante os 4,51% no acumulado de 12 meses até janeiro.
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O resultado do IPCA deverá ser de grande influência na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 19 e 20 de março. Os comunicados mais recentes do Copom praticamente confirmaram dois cortes de 0,5 ponto percentual nesta reunião e na agendada para maio. No entanto, o mercado ainda quer ter certeza de que o
Banco Central (BC) está vendo uma inflação sob controle para seguir com as projeções de redução da Selic para 9,00% até dezembro.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, ninguém espera que o Federal Reserve altere sua taxa de juros na reunião de política monetária da próxima semana, mas se as autoridades manterão sua perspectiva anterior de redução dos juros é uma questão mais incerta, à medida que a economia dos Estados Unidos continua superando as expectativas.
Os dados desde a última reunião do Fed confirmaram a linha de base amplamente compartilhada pelas autoridades de que sua taxa cairá neste ano, com o chair do Fed, Jerome Powell, dizendo aos parlamentares norte-americanos na semana passada que o banco central estava “não muito longe” de ganhar confiança suficiente na queda da inflação para cortar os juros.
No entanto, as novas projeções das autoridades mostrarão se eles agora preveem menos do que os três cortes de 0,25 ponto percentual estimados em dezembro deste ano ou se ainda acreditam que a economia pode continuar se expandindo enquanto a inflação continua em queda, permitindo que os juros também caiam.
Na Ásia, as ações da China subiram na segunda-feira depois que uma alta nos preços ao consumidor aumentou as expectativas de recuperação econômica, enquanto as ações de tecnologia lideraram os ganhos do mercado de Hong Kong.
Os preços ao consumidor da China subiram pela primeira vez em seis meses devido aos gastos relacionados ao Ano Novo Lunar, oferecendo algum alívio para a segunda maior economia do mundo, que está lutando contra a fraqueza do sentimento do consumidor.
“Os dados de comércio, turismo e mobilidade em torno do Festival da Primavera, tanto durante quanto depois, são promissores”, disse o DBS em uma nota, alertando, no entanto, que “a China tem um longo caminho pela frente para se recuperar”.
A economia do Japão evitou uma recessão técnica, mostraram dados revisados do governo nesta segunda-feira, embora a revisão para cima nos dados do quarto trimestre tenha sido mais fraca do que o esperado e tenha destacado preocupações sobre a lenta recuperação econômica.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão expandiu em um ritmo anualizado de 0,4% no período de outubro a dezembro em relação ao trimestre anterior, melhor do que a estimativa inicial de uma contração de 0,4%, de acordo com o Escritório do Gabinete.
No entanto, o resultado ficou abaixo da previsão de economistas de um aumento de 1,1% em uma pesquisa da Reuters.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 1,43%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,83%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,74%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 2,19%.
Na Europa, O Banco Central Europeu está cada vez mais confiante de que a inflação está caindo, mas ainda deve adiar um corte na taxa de juros até junho, disse o eslovaco Peter Kazimir, membro do Conselho do BCE, nesta segunda-feira.
O BCE manteve os juros em um nível recorde na semana passada, mas sua chefe, Christine Lagarde, disse que as discussões sobre um afrouxamento da política monetária já começaram e que muitas informações relevantes estarão disponíveis até junho.
“Saberemos um pouco mais em abril, mas somente em junho, com novas previsões em mãos, o nível de confiança atingirá o limite”, disse Kazimir, o chefe do banco central da Eslováquia, em um post de blog.
O Stoxx 600 perdia 0,52%; na Alemanha, o DAX recuava 0,68%; o CAC 40 em queda de 0,32% na França; na Itália, o FTSE MIB cai 0,59%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,48% no Reino Unido.
(Com Reuters)