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Cenários
Como era de se esperar, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada nos dias 19 e 20 de março reduziu a taxa de juros referencial Selic para 10,75% ao ano, um corte de 0,50 ponto percentual em relação ao patamar anterior.
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Também conforme o esperado, o Comunicado divulgado após a reunião informou que os membros do Comitê, de forma unânime, “anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”.
A retirada do plural “próximas reuniões” do texto pode parecer um mero detalhe, mas representa uma mudança importante nas perspectivas para a política monetária. A previsibilidade para os juros diminuiu.
A Selic deverá cair para 10,25% na reunião agendada para os dias 7 e 8 de maio. Depois disso, a trajetória dos juros vai depender do comportamento da inflação. Para o Copom, “as conjunturas doméstica e internacional estão mais incertas”, e, por isso. há necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária”.
Segundo o Comunicado, “as medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta”. As projeções para os preços administrados subiram. A estimativa para 2024 subiu de 4,2% para 4,4%, e a projeção para 2025 avançou de 3,8% para 3,9%.
Perspectivas
Os economistas avaliam que o Copom assumiu uma posição mais austera. Para Raphael Vieira, co-head de Investimentos da Arton Advisors, o tom do comunicado foi “levemente mais hawkish, uma vez que o Copom retirou o plural e anteviu o mesmo nível de corte somente para a próxima reunião”. Segundo ele, isso deixa uma visão mais dependente de dados após a reunião de maio.
Para Ulisses Ruiz de Gamboa, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP (IEGV), “o comportamento dos preços em 2024 poderia ter viabilizado um corte maior dos juros básicos”. Porém, Gamboa avalia que “a continuidade das incertezas no campo fiscal e no cenário internacional, além da desinflação mais lenta dos serviços, justificam a cautela na condução da política monetária”.
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Indicadores
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Esperado: 212 mil
Anterior: 209 mil