Sam Bankman-Fried, o fundador da falida exchange de criptomoedas FTX, foi condenado a 25 anos de prisão nesta quinta-feira (28), após ter sido indiciado por fraude no fim do ano passado, depois que sua empresa entrou em colapso, perdendo aproximadamente US$ 11 bilhões.
O juiz do Tribunal Distrital de Nova York, Lewis Kaplan, determinou que os clientes da FTX perderam US$ 8 bilhões, seus investidores ficaram sem US$ 1,7 bilhão e seus credores perderam US$ 1,3 bilhão, atingindo esse total de US$ 11 bilhões.
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Kaplan recomendou que Bankman-Fried fosse mantido em uma prisão de segurança média, e observou que havia um risco não relevante de que o executivo de criptomoedas pudesse “fazer algo muito ruim no futuro”.
Bankman-Fried foi condenado em novembro por sete acusações de fraude eletrônica e conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude em commodities, fraude em valores mobiliários, lavagem de dinheiro, enganar a Comissão Federal de Eleições e cometer violações de financiamento de campanha.
Os promotores anteriormente pediram a Kaplan que sentenciasse Bankman-Fried a pelo menos 40 a 50 anos de prisão – mas ele enfrentava uma sentença máxima estatutária de 110 anos.
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Os advogados de Bankman-Fried pediram a Kaplan por uma sentença mais leve, de 5 a 6 anos de prisão, já que a FTX prometeu devolver o dinheiro perdido pelos clientes, mas Kaplan rejeitou essa solicitação, chamando o reembolso de “enganoso”, “logicamente falho” e “especulativo”, informou a Reuters.
Kaplan considerou que Bankman-Fried deu depoimento falso quando disse ao tribunal que não tinha conhecimento de que a Alameda Research gastava fundos dos clientes da FTX, e disse que Bankman-Fried cometeu obstrução de testemunha pelo menos duas vezes.
Antes que a sentença fosse proferida, Bankman-Fried dirigiu-se ao tribunal e pediu desculpas às pessoas que “decepcionou”, afirmando “sinto muito pelo que aconteceu em todas as etapas”.
Os advogados de Bankman-Fried disseram anteriormente que planejam recorrer da sua condenação.