O grupo de moda Soma vai trabalhar com uma estratégia de estoques mais enxuta para a Hering a partir deste ano, revisando a política da marca comprada em 2021 de ter 25% de sobra para o caso de receber pedidos adicionais dos franquedos, afirmou o presidente-executivo da companhia, Roberto Jatahy, nesta terça-feira.
- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
“Talvez tenhamos que fazer um mergulho no ‘sell in’ até que a rede de franqueados entenda que este procedimento não vai mais acontecer”, disse o executivo durante conferência com analistas após a publicação dos resultados do grupo na noite da véspera.
“A partir do segundo trimestre, ou terceiro trimestre, vamos ver um sell in bem mais forte, talvez até mais forte que o ‘sell out’, ajustando os nível de estoque dos franqueados”. O executivo se referiu à venda da empresa para rede de lojistas (sell in) e à venda dos lojistas para os consumidores finais (sell out).
Segundo Jatahy, a política anterior da Hering representava uma “assimetria de risco”, com a empresa tendo que ter custos maiores pelo estoque adicional em relação aos franqueados. O executivo afirmou que a revisão é a principal alavanca da Hering para melhorar rentabilidade.
No quarto trimestre, o sell in da Hering caiu 4,1% sobre o mesmo período de 2022. No ano houve crescimento de 1,5%, enquanto o sell ou avançou 8,5%.