O Ibovespa iniciou o pregão em queda nesta terça-feira (23), influenciado pela baixa nos preços das commodities como o minério de ferro e o petróleo no mercado internacional. Além disso, a pesquisa Focus do Banco Central indicou um aumento nas estimativas para a Selic neste ano e em 2025.
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Às 10h30, o Ibovespa registrava uma queda de 0,80%, aos 124.569,35 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais próximo, em 12 de junho, apresentava uma queda de 0,92%.
Os analistas consultados pelo Banco Central passaram a prever um menor afrouxamento monetário tanto para este ano quanto para o próximo, embora ainda mantenham a perspectiva de um novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros Selic na próxima reunião.
De acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta terça-feira, a estimativa para a Selic ao final de 2024 subiu para 9,50%, em comparação com os 9,13% anteriores na mediana das projeções. Para 2025, a projeção foi ajustada para 9,0%, após 19 semanas em 8,50%.
A Selic atualmente está em 10,75%, e os especialistas consultados pelo BC mantêm a expectativa de que ela será reduzida para 10,25% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 7 e 8 de maio. No entanto, para o encontro seguinte, em junho, passaram a prever um corte de apenas 0,25 ponto percentual, em comparação com 0,50 ponto na última semana.
O banco J.P.Morgan agora prevê que a Selic encerrará este ano em 10%, em comparação com a projeção anterior de 9,5%, antecipando três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual cada na taxa básica de juros a partir de maio.
Quanto ao câmbio, o dólar apresentava alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,1862 na venda. No dia anterior, a moeda fechou cotada a R$ 5,1697, registrando uma queda de 0,56%. O sentimento global mostrava-se mais calmo no início desta semana, após dias de muita turbulência, com os investidores aliviados pelo acalmamento das tensões no Oriente Médio, após o Irã não responder a uma retaliação de Israel em resposta a ataques iranianos ocorridos há pouco mais de uma semana.
Essa situação abriu espaço para uma recuperação do apetite por risco, embora o otimismo do mercado fosse limitado pela cautela antes da divulgação dos dados do índice de inflação PCE, preferido pelo Federal Reserve, na sexta-feira. Após os números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram as apostas em um primeiro corte de juros pelo Fed para setembro, o que impulsionou o dólar globalmente.
Na quinta-feira, também serão divulgados os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referentes ao primeiro trimestre.
(Com Reuters)