O Ibovespa fechou em queda de 1,05% nesta terça-feira (30). A B3 perdeu o patamar dos 126 mil pontos no pior momento, com agentes financeiros cautelosos. A tensão se deu um dia antes de conhecer o desfecho da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos.
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A expectativa é de mais uma manutenção de juros nos EUA. Ainda, o mercado está atento ao comunicado que será divulgado e o discurso de Powell sobre alguma queda de juros por lá.
O Ibovespa caiu 1,05%, a 126.009,96 pontos, encerrando abril com uma perda acumulada de 1,64%, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.351,62 pontos. Na mínima, a 125.855,79 pontos.
O volume financeiro somava R$ 20,3 bilhões antes dos ajustes finais.
Entre as quedas, a Vale [VALE3] caiu acompanhando o declínio do minério de ferro no exterior. Já as ações da Multiplan [MULT3] abaixaram após o Ontario Teachers, fundo de pensão canadense, ter vendido um terço da posição na empresa hoje por meio da corretora Goldman Sachs.
Outras quedas são de petrolíferas como 3R Petroleum [RRRP3], Prio [PRIO3] e Petroreconcavo [RECV3], assim como Petrobras [PETR4], que caem em sintonia com o petróleo fora do Brasil. Empresas do varejo como Magalu [MGLU3] e Casas Bahia [BHIA3] também caem impactadas pela alta na taxa de juros futura, que acompanha o desempenho em alta dos tesouros.
Por outro lado, entre as altas, o Santander [SANB11] divulgou um balanço com números positivos que animaram os investidores. O banco teve alta de 41,2% no lucro líquido no primeiro trimestre, que foi considerado acima do esperado por diversas instituições do mercado.
Para Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da “Eu me banco”, o Brasil teve um mês muito impactado pelos dados americanos que mostraram uma economia aquecida e uma inflação ainda persistente. Tudo isso adiou a expectativa de uma diminuição de juros nos EUA. “Aqui no Brasil o mercado está dividido entre uma queda de juros de 0.25% ou 0.50%”, afirmou Louzada.
O dólar à vista fechou a terça-feira (30) em forte alta no Brasil e novamente se aproximou dos R$ 5,20, em sintonia com o avanço da divisa no exterior após dados econômicos positivos nos EUA. Além da decisão sobre juros do Federal Reserve na quarta-feira, quando será feriado no Brasil.
A moeda norte-americana fechou o dia cotado a R$ 5,1927 na venda, em alta de 1,52%. A maior cotação de fechamento desde 19 de abril deste ano, quando encerrou em R$ 5,1989. Em abril, a divisa dos EUA acumulou elevação de 3,53%.
Às 17h07, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,00%, a R$ 5,1715 na venda.