Mineração: setor tem costurado fusões nos últimos anos, e cobre é o ativo mais estratégico
A gigante australiana de mineração BHP Group, maior mineradora do mundo, informou na quinta-feira (25) que fez uma oferta de aquisição de todas as ações da concorrente britânica Anglo American, avaliando a empresa em US$ 38,9 bilhões (R$ 200,3 bilhões). As ações da Anglo American subiram 13% na abertura do mercado em Londres.
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A BHP informou que, pela proposta, pagaria 0,7097 ação para cada ação da Anglo American e declarou que combinação otimizaria os “ativos e potencial de crescimento de longo prazo” da Anglo American com seus próprios “ativos geradores de caixa com margens mais altas e projetos de crescimento”.
A proposta obrigaria a Anglo American a vender suas participações na Anglo American Platinum Limited e na Kumba Iron Ore Limited, com sede na África do Sul. A companhia inglesa confirmou ter recebido uma “proposta de combinação não solicitada, não vinculativa e altamente condicional”, que disse estar analisando com consultores.
A indústria da mineração registou um aumento nas fusões e aquisições nos últimos quatro anos, mas não na escala da transação potencial entre a BHP e a Anglo American. A empresa britânica era um “alvo fácil” após a queda de 39% em seu valor de mercado em 2023 devido a reveses operacionais
Gigante no cobre
A fusão criaria a líder global no cobre, capaz de suprir 10% da produção global. A Anglo American tem uma enorme operação de cobre baseada na América do Sul e uma meta de produção do metal de 730 mil a 790 mil toneladas em 2024. A meta da BHP para este ano está entre 1,7 milhão e 1,9 milhão de toneladas.
As mineradoras procuram reforçar o fornecimento de cobre nos próximos anos devido à escassez prevista e ao papel fundamental do metal na transição energética. O cobre será usado em veículos e redes elétricas e em turbinas eólicas. Em 2023, a BHP comprou a OZ Minerals, visando seu portfólio de cobre e níquel.
