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Cenários
A semana começa com poucos indicadores relevantes, mas terá dois números na quarta-feira que vão pautar as conversas por vários dias. São, respectivamente, o IPCA e o Consumer Price Index (CPI) de março, divulgados respectivamente no Brasil e nos Estados Unidos.
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A projeção para o IPCA de março é de uma desaceleração para 0,25%, ante os 0,83% de fevereiro. A estimativa para o acumulado em 12 meses é de 4,01%, abaixo dos 4,50% nos 12 meses até fevereiro.
No caso do CPI, a projeção é de uma desaceleração para 0,3% em março ante os 0,4% em fevereiro, tanto no índice geral quanto no caso do núcleo, que exclui os preços mais voláteis dos alimentos e da energia. Em 12 meses, a projeção para o núcleo é de uma desaceleração para 3,7% ante os 3,8% nos 12 meses até fevereiro.
Perspectivas
Por que esses números são tão importantes? A semana que passou foi marcada por diversos indicadores referentes ao mercado de trabalho americano. O mais significativo deles, o “non-farm payroll” de março, mostrou que um cenário aquecido. Foram contratados 303 mil americanos. Foi um resultado muito acima dos 270 mil revisados (275 mil preliminares) de fevereiro, e muito acima da expectativa de abertura de 212 mil vagas.
Só isso deveria provocar uma onda de vendas no mercado acionário. Um sinal tão forte de aquecimento nos empregos justificaria a manutenção dos juros elevados nos Estados Unidos por bastante tempo. No entanto, na sexta-feira (4) os principais índices fecharam em altas significativas, de 1% em média.
Isso foi uma indicação relevante de que os investidores acreditam em um aquecimento benigno do mercado de trabalho, em que as contratações foram provocadas por uma oferta de trabalho (mais americanos dispostos a enfrentar o batente) do que por uma demanda reprimida.
Prova disso é que, nos 12 meses até março, o salário médio por hora trabalhada variou 4,1%, em linha com as expectativas e abaixo dos 4,3% de variação nos 12 meses até fevereiro.
Por isso a expectativa com a inflação. Se os índices vierem dentro do esperado, isso vai reforçar a hipótese de um pouso suave na economia americana.
Indicadores
- Brasil
Produção de veículos (Mar)
Esperado: ND
Anterior: +24,3%
Vendas de veículos (Mar)
Esperado: ND
Anterior: +2,2%
- Estados Unidos
Sem indicadores relevantes