Primeiro de abril: conheça as cinco maiores mentiras do mercado financeiro

Muitas pessoas ainda acreditam em mitos sobre investimentos, como o de que “investir é só para ricos”. A desinformação pode levar a decisões financeiras equivocadas, resultando em prejuízos. Por isso, desmistificar essas ideias pode ajudar a resolver alguns preconceitos sobre o mundo dos investimentos.

• Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Especialistas apontam que a mentira no mercado financeiro é um assunto sério. Isso porque, na maioria dos casos, as pessoas aceitam como verdades absolutas. “E quando fazemos isso com nosso suado dinheiro, o resultado muitas vezes não costuma ser bom, gerando um prejuízo que poderia ser facilmente evitado”, informou um relatório do BTG Pactual dedicado ao assunto.

A Forbes teve acesso a relatórios de instituições financeiras que apontaram as cinco mentiras mais comuns do mercado financeiro. Veja a seguir:

1. Investir é coisa de rico.

Muitos acreditam que o investimento é apenas para aqueles que possuem um patrimônio e desejam aumentá-lo. Nessa crença equivocada, um investidor em potencial pode sentir-se desmotivado a dar os primeiros passos. No longo prazo, isso tem um impacto negativo no processo de construção de riqueza.

“A verdade, no entanto, é que você não precisa ser rico ou um especialista para fazer o seu dinheiro render. Basta ter acesso aos profissionais, ferramentas e plataformas educacionais mais adequados aos seus objetivos, independentemente do quanto você tenha para começar”, informa o relatório.

O investidor pode começar com menos de R$ 50, investindo em produtos financeiros como os títulos públicos negociados no Tesouro Direto, por exemplo.

2. O mais importante é a rentabilidade.

Quem investe busca retorno. No entanto, antes de priorizar o rendimento, é importante que o investidor conheça seu perfil e sua tolerância ao risco.

De acordo com os especialistas da plataforma de distribuição de investimentos Warren, quanto maior o risco de um investimento, maior é a chance de retorno no longo prazo. No entanto, o caminho em busca do rendimento pode ser turbulento, com subidas e descidas bastante bruscas. Refletir sobre isso e ter clareza sobre seu perfil é essencial para você investir bem e com tranquilidade.

• Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

3. Investimento sem risco

“Investimento imperdível”, “retorno garantido” e “risco zero” são alguns dos mitos do mercado financeiro. Quando alguém afirma que um investimento é livre de risco, há uma grande probabilidade de que esteja agindo de má fé, buscando obter lucro se aproveitando da ganância e da falta de conhecimento do investidor. Desde os ativos de renda fixa até os de renda variável, todos os investimentos têm risco. No entanto, existem opções com diferentes níveis de risco.

“Cada categoria possui seu perfil de risco, com o conservador apresentando investimentos de risco mais baixo e o agressivo, de risco mais alto. O moderado está entre esses dois extremos”, escreveram os especialistas da XP em seu relatório.

4. Sou velho demais para investir

A idade é um dos mitos do mercado financeiro. Nunca é tarde demais nem cedo demais para começar a investir. O importante é dar o primeiro passo.

“Quanto mais tempo o seu dinheiro permanecer investido, mais você se beneficiará da combinação do tempo com o poder dos juros compostos, que é uma dica infalível para aumentar o patrimônio”, afirma o relatório do BTG.

5. Bolsa é cassino

Há quem acredite que a Bolsa é como um cassino, onde tudo pode ser ganho ou perdido em um instante. Esse é outro grande mito. “Mesmo em investimentos de alto risco, as perdas raramente são totais. Por exemplo, quando o valor das ações diminui, os acionistas não necessariamente perdem todo o seu dinheiro”, informa a XP.

De acordo com a corretora, há situações em que é possível que a empresa entre em falência e o investidor não recupere o montante investido, como ocorre com as debêntures, que são investimentos de renda fixa com maior grau de risco.