As ações da Tesla caíram para o nível mais baixo em mais de um ano nesta quinta-feira (18), depois que o Deutsche Bank citou preocupações sobre o foco crescente da montadora em tecnologia de direção autônoma em um momento em que os resultados estão sob pressão.
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As ações da empresa liderada por Elon Musk caíam 3,4% às 13h24 (horário de Brasília), depois que o banco reduziu a recomendação sobre os papéis para “manter” e cortou preço-alvo de 189 para US$ 123. A ação era negociada a cerca de US$ 150.
O comentário do Deutsche Bank segue reportagem da Reuters no início deste mês, segundo a qual a Tesla decidiu cancelar o desenvolvimento de um veículo de massa, que os investidores esperavam que impulsionasse o crescimento da companhia. Em vez do projeto do Model 2, a empresa decidiu focar na manutenção do desenvolvimento de táxis robôs na mesma plataforma de veículo.
O banco afirmou que conseguir autonomia total de um veículo sem motorista representa um desafio tecnológico, regulatório e operacional significativo.
“O atraso nos esforços do Model 2 cria o risco de nenhum veículo novo na linha de consumo da Tesla em um futuro próximo, o que pressionará para baixo o volume e preços por muitos anos”, disse Emmanuel Rosner, analista do Deutsche Bank.
À medida que a lucratividade é afetada por cortes de preços para aumentar a demanda, a Tesla anunciou demissões no início desta semana de mais de 10% de sua força de trabalho global, apesar de tentar reativar o pagamento de mais de US$ 50 bilhões ao seu controlador bilionário Elon Musk.
As ações da Tesla acumulam desvalorização de 37,4% até agora neste ano, o segundo pior desempenho do índice S&P 500.