A Tesla fechou um acordo com a gigante chinesa Baidu para utilizar suas funções de mapeamento e navegação, de acordo com vários relatos divulgados nesta segunda-feira (29). A novidade é reportada no momento em que Elon Musk se encontra com funcionários de alto escalão do governo chinês em um suposto esforço para obter aprovação para sua tecnologia de assistência ao motorista baseada em assinatura, o que pode ajudar a aumentar as receitas da empresa em seu maior mercado estrangeiro.
Como parte do acordo, a Tesla terá acesso à tecnologia de mapeamento e navegação da Baidu para alimentar sua funcionalidade de assistência ao motorista que ela chama de “Full-Self Driving”, relataram a Bloomberg e a Reuters, citando fontes não identificadas.
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Empresas estrangeiras precisam se associar a companhias locais para acessar a licença, que permitirá que os carros da Tesla coletem dados essenciais sobre tráfego, sinais de trânsito e rotas.
Além disso, citando a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, a Bloomberg relatou que os carros da Tesla também cumpriram um importante requisito de segurança de dados e privacidade no país, que testa a coleta e o manuseio de “informações pessoais sensíveis” de um veículo.
Embora nada tenha sido anunciado oficialmente até agora, o Wall Street Journal relatou que o ‘Full Self Driving’ recebeu uma aprovação provisória das autoridades chinesas. Apesar do nome, o recurso não suporta a direção totalmente autônoma e sempre requer supervisão de um motorista humano.
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A tecnologia também tem sido alvo de intensa análise nos EUA, após falhas no sistema terem sido vinculadas a vários acidentes, 13 dos quais fatais. Na China, preocupações com as práticas de coleta de dados da Tesla levaram a uma proibição de seus veículos de entrarem em locais militares, áreas de agências governamentais e locais de empresas estatais.
Desde o início do ano, as ações da Tesla recuaram 32,26%, à medida que a empresa enfrentou uma queda nas vendas e o lançamento mal sucedido de seu mais novo produto, o Cybertruck. Porém, na manhã desta segunda-feira, os papéis da companhia avançavam 11% por volta das 11h00, cotadas a US$ 185,39.