Avanços tecnológicos fascinantes estão promovendo o renascimento da energia nuclear. Já não era sem tempo. A necessidade de mais energia é grave. A alta tecnologia tem um enorme apetite por energia. Hoje, a nuvem consome duas vezes mais energia do que todo o Japão. Com o crescimento dos países em desenvolvimento, também crescerá a necessidade de fornecer eletricidade a centenas de milhões de casas modernas.
É por isso que a demanda de energia nuclear vem aumentando rapidamente. Cada vez mais formuladores de políticas estão finalmente encarando o fato de que a energia nuclear é mais segura do que os combustíveis fósseis e as fontes renováveis. Também é mais limpa, já que não há emissão de dióxido de carbono.
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As preocupações de fundo emocional que prejudicam há muito tempo o desenvolvimento e a expansão da energia nuclear vêm diminuindo. As emissões de radiação nos desastres de Three Mile Island, em 1979, e Fukushima, em 2011, foram mínimas, menores do que a exposição que se tem em um voo de longa distância. A catástrofe de Chernobyl foi causada por um design ruim e por problemas encobertos pelo governo soviético.
A Europa está se curando rapidamente de sua alergia a essa fonte de energia. Grã-Bretanha, Suécia, França e Hungria anunciaram planos de forte expansão da energia nuclear. Na recente cúpula climática da ONU, os países prometerem triplicar a energia nuclear até 2050.
Que mudança de postura! Mais de uma dezena de reatores nucleares foram fechados desnecessariamente nos EUA a partir de 2012.
Novas abordagens da produção de energia nuclear estão sendo usadas. Elas têm possibilitado a criação de pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês), que são muito mais fáceis de construir, o que poupa um tempo considerável e reduz os custos. Os SMRs podem fornecer energia para áreas pequenas e específicas, como uma cidade, um campus, uma base militar ou um data center.
Uma grande nuvem negra, no entanto, paira sobre os avanços atuais: a regulamentação governamental os está sufocando ao adicionar custos excessivos que aniquilam os projetos. A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC, na sigla em inglês) impõe regras estapafúrdias e desnecessárias. Por exemplo, suas normas de exposição à radiação são 100 vezes mais rigorosas do que as regras da Agência de Proteção Ambiental (EPA) para exposição à poluição do ar.
O processo da NRC para aprovar novos designs é extremamente complexo. Uma empresa levou seis anos para obter o sinal verde para um design de SMR. Outro projeto de SMR relevante foi cancelado devido à morosidade regulatória.
O Congresso determinou que a NRC atualize suas regras de modo que correspondam à realidade atual, e não à de décadas atrás. O próximo presidente deve travar uma guerra total contra as regulamentações absurdas, sem mencionar as barreiras que atualmente emperram todos os projetos de infraestrutura.