O setor imobiliário costuma ser um dos principais insumos e parâmetros da economia. Por isso, valores em equilíbrio com a renda da população são essenciais para a sustentação do crescimento econômico brasileiro. Entretanto, com a variação da inflação e aumento da demanda, algumas das principais cidades do país estão sofrendo com altas constantes no valor dos imóveis.
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De acordo com o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, todas as capitais tiveram, em março, o maior valor do aluguel da série histórica. Não é para menos, já que o valor do metro quadrado em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Porto Alegre tem subido de forma significativa nos últimos meses.
Em São Paulo, quatro em cada cinco bairros da capital paulista registraram uma valorização no preço médio do aluguel nos últimos três meses. O preço médio na cidade também subiu, pelo 32º mês consecutivo, fechando em R$ 62,68.
No Rio de Janeiro, é a primeira vez que o preço médio ultrapassa os R$ 40. Os imóveis da capital fluminense registraram alta de 2,44% no valor em março, atingindo valor de R$ 40,47, ante fevereiro de 2024.
No sul do país, Porto Alegre atingiu uma alta mensal de 2,03%, a maior desde fevereiro do ano passado, com R$ 33,38 por metro quadrado. Já em Curitiba, os preços estão ainda mais caros e em um patamar jamais registrado, com um valor sendo negociado a R$ 38,98. No acumulado de um ano, a alta é de 2,05% na comparação mensal.
Brasília, por sua vez, viu seus valores ficarem 13,43% mais caros na comparação anual. De acordo com o indicador, o preço chegou a R$ 46,03, um novo recorde, consolidando um movimento de alta gradual na cidade.
Em Belo Horizonte, o primeiro trimestre do ano foi marcado pelo aumento de 3,71% dos preços dos imóveis, o menor índice em um primeiro trimestre desde 2021. A cidade registrou R$ 34,98 no valor do metro quadrado. Sendo o menor preço entre as localidades urbanas listadas.
Apesar dos altos valores de mercado, os consumidores encontraram espaço para negociar. Dados do estudo mostram que o desconto médio das transações feitas em março varia entre 0,6% e 3,0%. Então, há um pequeno espaço para melhorar os preços na hora de comprar ou alugar imóveis.