A World Athletics, órgão internacional que governa os esportes de atletismo, surpreendeu ao anunciar uma recompensa de US$ 50 mil (R$ 260 mil) para os atletas que conquistarem a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. Essa iniciativa inédita adiciona uma nova fonte de receita para os atletas olímpicos, que tradicionalmente recebiam apenas dinheiro de seus respectivos países.
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A organização reservou um total de US$ 2,4 milhões (R$ 12,4 milhões) em prêmios, provenientes de uma parcela da receita que recebe a cada quatro anos do Comitê Olímpico Internacional (COI). Isso abre a possibilidade de um pagamento de US$ 50 mil para atletas individuais de atletismo que conquistarem uma medalha de ouro, sendo que esse valor será dividido entre equipes de revezamento.
Premiação nos países
A premiação oferecida pelos países aos seus atletas medalhistas varia consideravelmente. Singapura, por exemplo, recompensa seus medalhistas de ouro quase 20 vezes mais do que os Estados Unidos. Enquanto Singapura pagou US$ 737 mil (R$ 4 milhões) para cada medalhista de ouro individual nos últimos Jogos Olímpicos de verão em Tóquio, os atletas olímpicos dos EUA receberam apenas US$ 37,5 mil (R$ 195 mil) por conquistar uma medalha de ouro.
Réplica da organização de esportes
No entanto, essa decisão da World Athletics recebeu críticas da Associação das Federações Internacionais Olímpicas de Verão, que alega não ter sido informada ou consultada sobre o anúncio da recompensa de US$ 50.000. A associação argumenta que esse prêmio “minimiza os valores do olimpismo” e “ignora os atletas menos privilegiados que estão mais abaixo na classificação final”.
Tréplica da World Athletics
O presidente da World Athletics, Sebastian Coe, esclareceu que a organização informou o COI “com antecedência” sobre a decisão, e o comitê respondeu afirmando que cabe a cada órgão governante de cada esporte decidir como eles gastam sua parte da receita olímpica. O COI, uma organização sem fins lucrativos, redistribui 90% de toda a sua receita dos Jogos Olímpicos para órgãos governantes esportivos, como a World Athletics.