Com a sentença dos fundadores das duas maiores bolsas de criptomoedas, Sam Bankman-Fried e Changpeng Zhao, o negócio de exchanges está caminhando para um modelo mais transparente e compatível com as regulamentações.
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A transformação tem sido facilitada por um aumento de 100% no preço do bitcoin ao longo do último ano, impulsionado em parte pela entrada de cerca de US$ 11,8 bilhões (R$ 60,30 bilhões) em fundos negociados em bolsa (Exchange Traded Funds, ETF) nos Estados Unidos, baseados no preço à vista da criptomoeda.
Esses ETFs, oferecidos por gestoras como BlackRock e Fidelity, estão trazendo uma nova credibilidade para a indústria de ativos digitais. A reputação dessa atividade havia sido manchada por uma série de falências em 2022, que culminaram no fracasso da exchange FTX. O ex-CEO Bankman-Fried enfrentou acusações de fraude, lavagem de dinheiro e violações de financiamento de campanha, resultando em uma sentença de 25 anos de prisão.
Liderando o ranking das cinco exchanges mais confiáveis de 2024 está a Coinbase. Embora receba a pontuação mais alta possível para regulamentação, não está isenta de problemas com órgãos governamentais de supervisão. Atualmente, está envolvida em ações judiciais com a Comissão de Valores Mobiliários, que considera quase todas as moedas digitais além do bitcoin como títulos. Portanto, considera a Coinbase, que atua em pelo menos 260 tokens, como uma corretora não licenciada. Mas os problemas da Coinbasesão civis, não criminais, e também recebe notas máximas pela qualidade de suas auditorias e por sua aceitação entre investidores institucionais. A CoiCoinbasenbr também liderou nossa lista de 2022.
O segundo colocado não é propriamente uma exchange de criptomoedas. O Grupo CME é o maior mercado cripto regulamentado e o mais próximo do árbitro dos preços oficiais do bitcoin e do ethereum. Com raízes nos antigos mercados de commodities de Chicago, possui mais de US$ 2 trilhões (R$ 10,22 trilhões) em futuros do Tesouro dos EUA e mais de US$ 9 bilhões (R$ 45,99 bilhões) em contratos futuros de criptomoedas regulamentados. Emissoras de ETFs, como a ProShares, bem como traders individuais e fundos de hedge, usam o CME para hedge e especulação sobre os preços futuros do bitcoin e do ethereum.
Veja a lista de exchanges mais confiáveis da Forbes 2024
#1. Coinbase
A Coinbase é claramente a custodiante preferida para instituições tradicionais e tem se beneficiado dos novos ETFs de bitcoin. As taxas de varejo são relativamente altas, com uma média de quase 1,7%. A Coinbase é a maior exchange de criptomoedas dos EUA em volume de negociação e a maior globalmente em ativos mantidos em custódia.
#2. GRUPO CME
Fundado em 1898 e anteriormente conhecido como a Bolsa de Mercadorias de Chicago, o Grupo CME é o maior operador de bolsas de derivativos financeiros do mundo. Ele lançou futuros de bitcoin em dezembro de 2017 e, até o início de maio, tinha mais de US$ 8 bilhões (R$ 40,88 bilhões) em contratos futuros de bitcoin.
#3. Robinhood
A corretora é famosa por transformar investimentos em um jogo, permitindo que seus 23 milhões de clientes negociem 15 criptomoedas. Ela começou a oferecer negociação gratuita de criptomoedas nos EUA em 2018 e expandiu para a Europa no final do ano passado. A empresa detinha US$ 15 bilhões (R$ 76,65 bilhões) em criptomoedas em custódia até 31 de março.
#4. Upbit
Pense nela como a Coinbase da Coreia do Sul, exceto que a Upbit ganhou domínio na negociação com suas baixas taxas. A Upbit, parcialmente de propriedade de um dos investidores mais ricos da Coreia, Song Chi-hyung, é a quarta maior custodiante de bitcoin entre os mercados de criptomoedas.
#5. Deribit
O maior mercado de opções de criptomoedas do mundo, Deribit também oferece negociação de spot e futuros perpétuos e o equivalente em bitcoin do índice de volatilidade CBOE do mercado de ações. Na esteira do debacle da FTX, a exchange transferiu sua sede e operações do Panamá para Dubai, conhecida por sua experiência na regulamentação de mercados de criptomoedas spot e derivativos. Deribit tinha contratos de opções de bitcoin e ether no valor de US$ 21 bilhões (R$ 107,31 bilhões) em aberto até 10 de maio.