A CSU Digital (CSUD3), empresa de processamento de pagamentos listada há mais tempo na B3, divulgou um crescimento de 20% nos lucros do primeiro trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período de 2023. A empresa lucrou R$ 24,2 milhões, resultado recorde, e obteve um lucro operacional medido pelo Ebitda de R$ 48,3 milhões, alta de 11,1% na comparação anual.
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A empresa processou cerca de 300 milhões de transações no primeiro trimestre, movimentando aproximadamente R$ 90 bilhões. O volume de transações cresceu 24,1% na comparação anual. Em assembleia, a empresa anunciou o pagamento de R$ 6,5 milhões em proventos referentes aos resultados do primeiro trimestre, representando um pay-out de 50%.
Segundo Einar Rivero, fundador da consultoria de dados Elos Ayta, a rentabilidade patrimonial (ROE) da empresa em 12 meses até o primeiro trimestre de 2024 é de 21,92%. “É a maior rentabilidade entre as companhias abertas de serviços financeiros cujos resultados já foram divulgados”, diz ele. “É muito difícil para uma empresa desse porte superar o desempenho dos grandes bancos de varejo.”
Pagamentos
Processar pagamentos e outras transações financeiras é uma atividade em franca expansão no Brasil. A popularização do Pix, lançado há cerca de cinco anos pelo Banco Central (BC), permitiu a oferta de novos serviços de pagamentos para além dos tradicionais cartões de crédito e débito. As vantagens são a agilidade (o dinheiro cai na hora na conta de quem recebe) e, principalmente, o custo muito mais baixo.
Isso abre espaço para a concorrência “Nosso principal negócio ainda é o processamento de pagamentos, e ele tem crescido cerca de 11% ao ano desde 2020”, diz Pedro Alvarenga, diretor financeiro e de relações com investidores da CSU. “As receitas puramente digitais cresceram acima desse percentual no primeiro trimestre em comparação com 2023, e devem ser um fator impulsionador importante para os nossos negócios nos próximos anos”, diz ele.