Se você é mãe ou está prestes a se tornar uma, sabe que as prioridades e o foco da mulher mudam completamente após a chegada de um novo integrante à família. As decisões, que antes eram tomadas pensando apenas em si mesma ou do casal, agora visam garantir um futuro próspero para aquele novo ser que chegou e que depende integralmente de você.
Apesar de linda e recompensadora para muitas mulheres, a maternidade pode ser assustadora e muito complexa para outras. O quesito financeiro é um dos muitos impasses dessa jornada e faz sentido que ele seja desenvolvido com cuidado pelas mães, independente de sua condição financeira.
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Apesar de parecer ainda mais difícil para as mulheres e mães, as perspectivas são animadoras. Em 2023, o número de mulheres brasileiras que realizam algum tipo de investimento cresceu pelo segundo ano consecutivo, indo de 21% em 2021 para 35% em 2023, segundo dados da pesquisa “Raio X do Investidor Brasileiro”, realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Para muitas mulheres, o primeiro contato com os investimentos surge no momento da descoberta de uma gravidez, quando decidem fazer reservas de emergência próprias ou escolhem investimentos de longo prazo para os filhos. Outras mães optam por investimentos de curto prazo, como a realização de uma viagem em família ou até mesmo a compra de um patrimônio para seus filhos após a maioridade.
Pensando nesses cenários e em homenagem ao Dia das Mães, a Forbes consultou a Mhydas Planejamento Financeiro, que deu algumas dicas para as mães que estão querendo começar a investir pensando em um bom futuro financeiro.
Na visão de André Bobek, especialista em planejamento financeiro, ao iniciar uma carteira de investimentos, as mães devem, em primeiro lugar, definir seus principais objetivos, como a compra de um patrimônio ou a criação de uma reserva de emergência. Será esta definição de objetivo e valor do possível aporte que irá guiar suas próximas decisões.
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“O número de clientes mulheres em busca de investimentos que se adequam em suas realidades vem crescendo, mas de fato existe uma virada de chave na vida da mulher quando ela se torna mãe. A preocupação com o futuro mais estável para o filho é a principal demanda que recebemos. Entre os produtos mais procurados estão seguro de vida, consórcio e previdência privada”, afirma Bobek.
Em sua visão não existe um investimento específico voltado para o cenário materno, mas é preciso focar na diversificação da carteira e procurar alguém que possa auxiliar nesse sentido. “Primeiro é preciso entender, nem que seja pouco, sobre o produto que se está investindo. Depois deixar que alguém especializado auxilie, pois a vida materna exige bastante energia e é fato que a mulher, mesmo com o desejo de investir, no início, não vai conseguir dedicar a atenção necessária que os investimentos merecem”, diz o especialista.
Pensando em possibilidades no mercado para essas mães, o especialista comenta sobre investimentos em CDBs e no Tesouro Direto a curto prazo, títulos públicos e fundos de investimento a médio prazo e ações e Tesouro Direto a longo prazo, devendo-se sempre analisar suas rendas, objetivos e possibilidades junto à assessoria de investimentos escolhida.
“Outro fator importante são os valores de investimentos. Não recomendo investir um valor alto que comprometa o rendimento mensal, já que inúmeros gastos vão surgir nessa nova realidade. Os valores estabelecidos precisam se adequar a realidade de cada pessoa, entendendo suas necessidade e expectativas”, afirma Bobek.
Na visão do especialista, esses investimentos feitos pela mãe podem ultrapassar a barreira de retorno e até se tornarem uma forma de educação financeira da família e da própria criança no futuro. “Precisamos fazer as novas gerações verem o dinheiro e os investimentos como uma responsabilidade em suas vidas. Esta visão, aliada aos investimentos garantidos pelas mães, trará uma longevidade sustentável para elas”, completa.