As ações de Azul e Gol disparavam nesta sexta-feira (24), após as companhias aéreas anunciarem um acordo de codeshare que englobará mais de 150 destinos operados pelas duas companhias aéreas, acrescentando que as rotas envolvidas serão aquelas operadas por uma das companhias e não pela outra.
Por volta de 11h10, as ações da Azul saltavam 8,8%, a R$ 10,72, melhor desempenho do Ibovespa, que subia 0,35%. Os papéis da Gol, que não fazem parte do índice, avançavam 13,5%, a R$ 1,43.
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Analistas do Itaú BBA destacaram que a notícia é positiva para a Azul porque, entre outras razões, reforça o ambiente competitivo positivo no espaço aéreo brasileiro, assim como poderá desbloquear receitas adicionais para a Azul dada a maior conectividade criada pelo codeshare.
“Observe que este acordo não depende de aprovação antitruste”, afirmaram Gabriel Rezende e equipe em relatório enviado a clientes, avaliando ainda que a notícia poderá aumentar a percepção dos investidores sobre a possibilidade de uma fusão entre as companhias aéreas.
“Dado que a Azul voa sozinha em mais de 80% de suas rotas, a combinação de seus negócios poderia desbloquear sinergias substanciais de receitas, além da economia de custos para a empresa combinada”, acrescentaram.
De acordo com o comunicado das duas empresas divulgado na noite de quinta-feira, as ofertas de rotas em codeshare estarão disponíveis para venda a partir do final de junho nos canais de ambas as companhias. As rotas que são operadas por ambas as empresas não fazem parte do acordo.
Azul e Gol — que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos — afirmaram que possuem cerca de 1.500 decolagens diárias. “O acordo vai criar mais de 2.700 oportunidades de viagens com apenas uma conexão”, afirmaram as empresas.