O Ibovespa opera estável nesta terça-feira (14), após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central, na qual todos os membros da diretoria defenderam uma postura mais contracionista e cautelosa, apesar da decisão dividida sobre o ritmo de corte da Selic.
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Os resultados corporativos também estão no radar dos investidores, que devem ficar atentos às medidas a serem anunciadas pelo governo para o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a suspensão por três anos dos pagamentos das parcelas da dívida do Estado com a União, totalizando cerca de R$ 11 bilhões.
Por volta das 10h30, o Ibovespa caía 0,05%, aos 128.050,77 pontos. O dólar registrava queda de 0,32%, cotado a R$ 5,13 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,52%, a 5,1385 reais na venda.
Na última quarta-feira, o Copom anunciou uma redução no ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto na taxa. Também foi abandonada a indicação para passos futuros da política monetária.
A decisão sobre o corte foi tomada com divergência dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levantando temores de que a diretoria do BC poderia se mostrar menos ortodoxa a partir de 2025. No entanto, a ata desta terça-feira mostrou cautela de todos os diretores, mesmo os indicados pelo atual governo.
No cenário econômico, o setor de serviços brasileiro voltou a registrar crescimento em março, indicando resiliência da atividade. O volume de serviços teve expansão de 0,4% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.
No cenário corporativo, o lucro líquido da Petrobras recuou 37,9% no primeiro trimestre, frustrando as expectativas do mercado. A Natura&Co também teve prejuízo líquido consolidado, ampliando o resultado negativo em relação ao mesmo período do ano anterior.
No exterior, os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em abril, indicando que a inflação permanece elevada no início do segundo trimestre. O índice subiu 0,5% no mês passado, superando as expectativas dos economistas consultados pela Reuters.
(Com Reuters)