O Ibovespa fechou em alta de 1,08% nesta sexta-feira (03). Os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos ampliaram as apostas de que o Federal Reserve (FED) começará a cortar os juros em setembro.
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Segundo Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, essa percepção da redução de juros dos EUA foi amparada no relatório de emprego americano, PAYROLL, que mostrou uma geração de vagas menor do que a esperada em abril, indicou um pouco menos de pressão nos salários e trouxe avanço na taxa de desemprego. “O PAYROLL abaixo do esperado trouxe o sinal de uma possível desaceleração tanto no nível de atividade como no mercado de trabalho dos EUA. Isso, pode colaborar para arrefecer a inflação nos próximos meses, entendido como positivo pelos mercados, que reforçaram as apostas em corte do Fed para setembro”, disse Nishimura.
As ações da Sabesp (SBSP3) subiram 0,64%, após a Câmara Municipal de São Paulo aprovar na quinta-feira (02) o projeto de lei que autoriza a capital paulista a aderir à privatização da Sabesp, por 37 votos a favor e 17 contra. O texto aumenta os percentuais de investimento na capital, exigindo mais recursos à cidade sobre o lucro da companhia gerado pelo município. A iniciativa determina ainda a manutenção da tarifa social e a universalização dos serviços de água e esgoto até 2029.
O Ibovespa subiu 1,08%, a 128.496,08 pontos, acumulando na semana um ganho de 1,56%, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 128.786,96 pontos. Na mínima, a 127.130,46 pontos.
O volume financeiro somava R$ 22,69 bilhões antes dos ajustes finais.
Para André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, entre as baixas, vemos as ações da Petrobrás (PETR4) com -1,34% e PRIO (PRIO3) com -1,41%, que estão seguindo as cotações do petróleo em queda lá fora. Entre as altas, acredito que o grande destaque vai para as ações das empresas que são mais sensíveis a mudanças no juros. Com um PAYROLL mais fraco, o mercado volta a apostar em uma SELIC entre 9 e 9,5%. “Os juros futuros e o dólar estão em queda hoje (03) em grande parte por conta do PAYROLL. O mercado passou a precificar um tom menos duro do FED em relação ao juros americano. Os players que estavam colocando no preço um corte ou nenhum em 2024 passou a voltar a precificar um ou dois cortes”, comenta Fernandes.
O dólar à vista fechou a sexta-feira (03) em baixa firme no Brasil, voltando para abaixo dos R$ 5,10, em sintonia com o exterior, após dados mais fracos que o esperado do mercado de trabalho norte-americano elevarem as apostas em cortes de juros nos EUA.
A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a R$ 5,0693 na venda, em baixa de 0,86%. No acumulado da semana, a divisa cedeu 0,93%.
Às 17h06, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,84%, a R$ 5,0835 na venda.