O Ibovespa começou o pregão desta sexta-feira (10) em alta, após a divulgação da inflação oficial do Brasil de abril, que veio acima do esperado. Além disso, os investidores estão reagindo aos balanços trimestrais de grandes companhias e aguardam os dados de inflação do produtor e do consumidor nos Estados Unidos na próxima semana.
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Por volta das 10h30, o Ibovespa registrava um aumento de 0,30%, atingindo 128.565,09 pontos. Enquanto isso, o dólar apresentava uma queda de 0,18%, sendo negociado a R$ 5,13. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,01%, a R$ 5,1475.
Os custos dos alimentos e dos produtos farmacêuticos pressionaram os bolsos dos consumidores, resultando em uma inflação no Brasil um pouco acima do esperado em abril, embora a taxa em 12 meses tenha mostrado alívio.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,38% em abril, após um aumento de 0,16% em março, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Nos 12 meses até abril, o IPCA permaneceu abaixo da marca de 4%, com uma alta de 3,69%, em comparação com 3,93% em março.
Esses resultados ficaram ligeiramente acima das expectativas da pesquisa da Reuters, que previa um avanço de 0,35% no mês e de 3,66% em 12 meses.
Na véspera, o Ibovespa recuou 1% devido ao receio de que o Banco Central possa adotar uma postura mais branda no combate à inflação a partir de 2025, quando os dirigentes indicados pelo governo Lula se tornarão maioria na instituição. Esse receio foi alimentado pela divisão de votos na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de quarta-feira, quando o colegiado decidiu, por 5 votos a 4, cortar a taxa básica Selic em 25 pontos-base, para 10,50% ao ano.
No cenário corporativo, o Magazine Luiza reportou um lucro líquido de R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 391,2 milhões um ano antes, com menores despesas financeiras e sua maior margem Ebitda em quatro anos.
A Suzano registrou um lucro líquido de R$ 220 milhões, representando um recuo de 96% na comparação com janeiro a março do ano passado. Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia totalizou R$ 4,56 bilhões no período, apresentando uma queda de 26% em relação ao ano anterior.
A B3 registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 949,6 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 12,8% ano a ano, em meio a um cenário “adverso” para o mercado de ações, de acordo com a companhia.
(Com Reuters)