O Nubank apurou lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre, um salto de mais de 160% em relação ao lucro de US$ 141,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado, mostrou balanço divulgado na terça-feira (14).
Na base ajustada, o lucro atingiu US$ 442,7 milhões, avanço de 143% versus o registrado nos primeiros três meses de 2023, e contra estimativa média de analistas de US$ 404,8 milhões, segundo projeções compiladas pela LSEG.
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O retorno anualizado sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 23% no trimestre, estável na comparação com o quarto trimestre do ano passado, mas superior aos 11% apurados nos meses de janeiro a março de 2023. Em base ajustada, o ROE do período subiu a 27%, de 14% um ano antes.
“Nossos resultados para o primeiro trimestre de 2024 mostram como nosso modelo de negócios também é alimentado pela expansão da receita e custo estável por cliente”, afirmou o fundador e presidente-executivo do Nubank, David Vélez, em comunicado.
A receita da plataforma de serviços financeiros subiu 64%, em base anual e neutra de câmbio, para US$ 2,7 bilhões nos meses de janeiro a março.
O custo médio mensal de atendimento por cliente ativo ficou estável, em US$ 0,9, “o que demonstra a forte alavancagem operacional do modelo de negócios”, afirmou o Nubank.
A carteira de crédito total do Nubank foi a US$ 19,6 bilhões no período, versus US$ 12,8 bilhões no primeiro trimestre do ano passado, conforme relatório de resultados.
No Brasil, o índice de inadimplência (NPL) acima de 90 dias subiu a 6,3%, de 5,5% um ano antes, enquanto entre 15 e 90 dias, o indicador ficou em 5%, de 4,4% no mesmo período do ano anterior, o que, segundo a companhia, está em linha com as expectativas e sazonalidade histórica.
“Ao excluir o crédito e focando apenas nos saldos de rendimentos de juros, o NPL do Nu tem apresentado uma tendência significativamente descendente tanto em 15-90 como em 90+”, acrescentou o Nubank em comunicado.
A base de clientes do Nubank no Brasil encerrou o primeiro trimestre em 91,8 milhões, crescimento de 22% em um ano, e em maio a plataforma já acumulava mais de 92 milhões de clientes.
No México e na Colômbia, o banco digital ultrapassou a marca de 7 milhões e 900 mil clientes, respectivamente. Segundo o CEO, as operações nesses novos mercados ainda estão “nas fases iniciais de atingir a lucratividade”.
O executivo ressaltou ainda que essas operações “estão apresentando resultados mais acelerados em número de número de clientes, depósitos, receita e participação de mercado no volume de compras com cartão de crédito do que o Brasil em um período de tempo comparável”.
Na semana passada, o Nubank celebrou a marca de 100 milhões de clientes em suas operações no Brasil, México e Colômbia, alcançada 11 anos após sua fundação, tornando-o o primeiro banco digital fora da Ásia a atingir essa posição.