Se você já investe no mercado financeiro, sabe que é possível ter bons retornos ao aportar em imóveis. Isso porque, além do tradicional meio de comprar um imóvel e alugá-lo, o investidor pode optar por Fundos Imobiliários (FIIs), que têm se valorizado de forma consistente desde o fim de 2023, com base no IFIX, índice do segmento.
Porém, qual é a melhor estratégia para transformar esse investimento em uma fonte de renda recorrente? Os especialistas consultados pela Forbes sugeriram algumas estratégias para o sucesso das suas aplicações.
Para Marcelo Milech, planejador financeiro CFP pela Planejar, o possível comprador do imóvel deve avaliar o potencial de valorização do bem. “Características como localização, tipo de ocupação e custos de quem está alugando devem ser estudadas”, afirma. Desse modo, para a propriedade render, esses fatores têm que fazer sentido no planejamento financeiro.
Cassiano Jardim, diretor de investimentos da Barzel Properties, corrobora com a opinião do colega. Para ele, o investidor só deve procurar rentabilidade após analisar o custo de oportunidade. “Embora o setor tenha se valorizado nas últimas décadas, essa tendência não garante retornos futuros similares”, afirma.
Pensando nisso, o especialista sugere olhar com carinho para os FIIS. “Essa aplicação oferece liquidez e a possibilidade de fracionamento do investimento”, diz Jardim. Para os investidores, os FII proporcionam acesso a ativos de alta qualidade, muitas vezes inacessíveis como, por exemplo, edifícios corporativos em locais privilegiados e galpões logísticos.
Além disso, o diretor recomenda estudar os ativos e a gestão envolvida. “Esse processo de diligência é comparável à avaliação de um imóvel antes da compra”, diz Jardim. Assim, para ele, na ponta do lápis, o investimento imobiliário direto pode ser justificado em casos específicos, enquanto os fundos são uma alternativa mais vantajosa, desde que o investidor realize uma análise cuidadosa na escolha do FII.
Para Marcos Medeiros, co-fundador da Davila Finance, a aplicação imobiliária nos Estados Unidos também é uma alternativa. “As vacation homes rendem por meio de aluguéis de curto prazo. No entanto, se atente aos custos de manutenção e à concorrência no mercado de Airbnbs”, afirma.
Segundo ele, uma opção são os Real Estate Investment Trusts (REITs). “Esses fundos distribuem aproximadamente 5% de dividendos anuais, proporcionando uma fonte de capital estável. Contudo, considere a desvalorização de cerca de 30% nas cotas dos REITs nos últimos dois anos, consequência do aumento dos juros nos EUA”, diz o executivo.
Para ele, diante desse cenário e da carência histórica de moradia nos Estados Unidos, especialmente na Flórida Central, o investimento em construção de imóveis residenciais pode ser uma boa estratégia. “Esse modelo de aplicação tem retornos entre 15% e 20% ao ano”, explica Medeiros. Com isso, é possível gerar renda desde a fase inicial até a comercialização das propriedades.
- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Milech, da Planejar, acredita que os três modelos podem ser lucrativos, desde que haja diversificação. “Ninguém deve ter sua expectativa de renda toda concentrada em locação de imóveis próprios. Isso deve ser variado como qualquer portfólio”, diz.