As tentações para trocar de celular a cada lançamento estão cada vez maiores, já que cada modelo traz um processador mais rápido, design mais moderno ou mesmo uma câmera mais potente que atrai os amantes de tecnologia.
Entretanto, trocar de celular todo ano ou a cada 6 meses não é algo que a maioria da população brasileira consegue fazer devido aos altos valores. Para sanar esse problema, surgiram os planos de aluguel de smartphone. Porém, será que vale a pena?
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De acordo com a Leapfone, empresa de celulares por assinatura, a compra do Samsung Galaxy S23 Ultra parcelado em 12 vezes sai por R$ 516,19 por mês, e com seguro, o valor mensal fica em R$ 642,73, totalizando R$ 7.712,70. No plano anual de assinatura, o aparelho custa R$ 286 por mês, somando R$ 3.432,00 ao ano, com proteção completa incluída. Assim, na visão da companhia, ter um smartphone por assinatura pode custar até 56% menos do que o valor de compra parcelada.
Neste modelo de assinatura, estão inclusos acessórios como carregador, capa protetora e película, além de proteção contra roubo e danos físicos, porém, essas vantagens não existem em todos os tipos de planos disponíveis no mercado.
Outro benefício é a ausência de depreciação do celular, permitindo ao assinante sempre ter o aparelho mais atualizado do mercado sem a necessidade de desembolsar grandes quantias. No entanto, há uma limitação em relação às opções de modelos, capacidades e cores disponíveis.
Por outro lado, a compra direta de um celular é atraente para aqueles que preferem manter um aparelho por um longo período e revendê-lo posteriormente para adquirir um novo dispositivo. Esta opção é ideal para quem possui recursos financeiros para efetuar o pagamento à vista ou dispõe de um alto limite no cartão de crédito. No entanto, a compra direta implica na depreciação do aparelho.
Por conta dessas características, Stephanie Peart, head da Leapfone, avalia que entender o perfil pessoal é fundamental para decidir a melhor opção.
Juliana Inhasz, coordenadora da graduação de economia do Insper, destaca que a assinatura do celular permite ao cliente testar e comparar diferentes modelos de aparelhos com muito mais frequência do que quem compra, além de oferecer previsibilidade de pagamento devido ao aluguel mensal.
Ela observa que contratos de aluguel mais longos permitem um custo mais baixo. “Algumas desvantagens da assinatura incluem a disponibilidade limitada de aparelhos, ou seja, a pessoa precisa se contentar com os modelos disponíveis”, explica.
Na visão de Ricardo Teixeira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a assinatura é a melhor opção para pessoas jurídicas, enquanto a compra é mais vantajosa para pessoas físicas. “Normalmente, as pessoas físicas veem mais vantagem na compra do aparelho, pois ele passa a ser seu e você pode usá-lo pelo tempo que ele durar. A médio e longo prazo, isso acaba sendo mais barato do que a assinatura. Já para as empresas que fornecem telefones aos funcionários, que possuem maior risco de quebra, a assinatura pode ser vantajosa, pois, em caso de defeito, o telefone é trocado”.