O Ibovespa caía nas primeiras negociações desta terça-feira (25) à medida que os investidores analisavam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e aguardavam uma série de dados de inflação nesta semana.
Por volta das 10h30, o índice tinha queda de 0,11%, aos 122.503,33 pontos. O dólar à vista subia 0,43%, a R$ 5,4135 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,32%, a R$ 5,4140 na venda.
No cenário doméstico, o mercado analisava a ata da reunião do Copom na semana passada, quando os membros do BC decidiram manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, interrompendo um ciclo de sete cortes de juros consecutivos.
No documento divulgado nesta terça-feira, as autoridades aprofundaram pontos levantados na semana anterior, reiterando uma postura de cautela diante de um ambiente global incerto e cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação de projeções de inflação e expectativas desancoradas.
A postura do BC atraiu críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, o que, junto de preocupações do mercado com as contas públicas brasileiras, impulsionaram o dólar no Brasil.
“No dia de hoje, a ata mais firme do Copom sugere a possibilidade de que nós teremos uma pressão baixista (para o dólar)”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
“Por outro lado, faz algum tempo que a percepção de risco se mantém elevada e o comunicado do Copom na semana passada não conseguiu amenizar essa situação”, acrescentou.
Nesta semana, os investidores ainda voltam suas atenções para a divulgação de novos dados de inflação, em busca de sinais sobre o processo de controle dos preços a nível global.
O mercado nacional analisará na quarta-feira novos dados do IPCA-15 para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,45% na base mensal, ante 0,44% no mês anterior.
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No cenário externo, os investidores estarão atentos à divulgação na sexta-feira de números do índice PCE de maio, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Analistas projetam estabilidade, ante alta de 0,3% em abril.
(Com Reuters)