O evento de verão (no hemisfério norte) do Amazon Prime Day mais uma vez resultou em gastos recordes. Varejistas dos Estados Unidos registraram US$ 14,2 bilhões (R$ 78,1 bilhões) em vendas online em apenas dois dias.
As compras variaram desde gigantes do comércio eletrônico a startups independentes. Enquanto concorrentes, incluindo TikTok e Walmart, miraram na Amazon com seus próprios dias de ofertas, lançados uma semana antes do evento da big tech, a empresa de Jeff Bezos viu o maior impulso de seu evento de vendas.
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De acordo com um relatório da plataforma de rastreamento de pacotes e proteção de compras Route, a Amazon registrou um aumento de 136% nas vendas durante o Prime Day em comparação com suas vendas de 2024. Já o TikTok teve uma alta de 50% em relação à sua base de comparação com a promoção Deals For You Days; e o Walmart viu um crescimento de 23% com seus dias de ofertas.
A Adobe, que havia previsto que as vendas do Prime Day em todos os varejistas de comércio eletrônico dos EUA atingissem US$ 14 bilhões (R$ 78 bilhões), relatou nesta sexta-feira (19) que os consumidores superaram essa previsão, gastando US$ 14,2 bilhões. Trata-se de um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
A Amazon anunciou em um comunicado à imprensa que o Prime Day deste ano foi seu maior evento de todos os tempos, gerando vendas recordes. Porém, a empresa não revelou quanto foi gasto pela Amazon para realizar o evento nem forneceu outros detalhes financeiros.
A empresa de pesquisa de mercado Emarketer, em uma previsão do Prime Day, estimou que aproximadamente 60% dos gastos do Prime Day ocorreriam na Amazon.com, com os 40% restantes em outros sites de comércio eletrônico. Isso equivaleria a cerca de US$ 8 bilhões (US$ 44 bilhões) em gastos dos EUA na Amazon.com durante o evento de 48 horas.
Gastos de volta às aulas aumentam 216%
A Adobe descobriu que as compras de volta às aulas aumentaram durante o Prime Day deste ano, talvez devido ao horário um pouco mais tarde do evento este ano (17 a 18 de julho versus 11 a 12 de julho). Os gastos com itens como mochilas, lancheiras, artigos de papelaria e outros materiais escolares aumentaram 216% durante o evento de dois dias do Prime Day, em comparação com os níveis médios de vendas em junho. Já os gastos com roupas infantis aumentaram 165%.
A Adobe também viu evidências de que os consumidores estavam no que chamou de ciclo de atualização de produtos e gastando para atualizar seus eletrônicos ou móveis para casa.
As vendas online de eletrônicos aumentaram 61% em comparação com as vendas médias de junho. As vendas de eletrodomésticos aumentaram 76%. Já a de móveis para escritório doméstico aumentaram 14%, informou a Adobe. Várias categorias de vestuário tiveram forte alta de dois dígitos.
Vivek Pandya, analista líder da Adobe Digital Insights, em uma declaração anunciando as estatísticas do Prime Day, observou que essas categorias estavam experimentando baixo crescimento de um dígito durante o primeiro semestre do ano, mas que os descontos do Prime Day levaram os compradores a gastar.
“Está claro agora que o evento Prime Day foi um catalisador em todas essas categorias principais, com descontos profundos o suficiente para os consumidores clicarem no botão de compra e atualizarem os itens em suas casas”, disse Pandya.
A Salesforce, que calculou as vendas globais para varejistas não-Amazon durante o Prime Day, com base na atividade de 1,5 bilhão de compradores no Salesforce Commerce Cloud e outros produtos Salesforce, informou que as vendas globais para esses varejistas ficaram estáveis, em comparação com um ano atrás. No entanto, as vendas nos EUA aumentaram 3% e as vendas no Canadá aumentaram 8%.
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As categorias que tiveram mais força entre os varejistas não-Amazon monitorados pela Salesforce foram saúde e beleza, com alta de 16%; calçados esportivos, com alta de 12%; e calçados em geral, com alta de 18%. Dentro de saúde e beleza, as vendas de maquiagem subiram 30%, de acordo com a Salesforce.