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Cenários
O atentado contra Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, ocorrido no sábado (13) tinha um potencial forte para elevar as ações nos Estados Unidos e provocar quedas no Brasil.
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O raciocínio é simples. O atentado aumentou a vantagem de Trump na disputa eleitoral. Trump é considerado mais favorável às empresas do que seu oponente, o democrata Joseph Biden. Em seu mandato anterior (2017-2021), Trump reduziu os impostos corporativos, o que elevou os lucros das empresas.
Ele também é favorável a políticas protecionistas e contrário à imigração. Isso é inflacionário, o que permite prever juros mais altos por mais tempo.
Esses dois fatores são favoráveis ao dólar e duplamente desfavoráveis às bolsas de países emergentes, Brasil entre eles. Juros mais altos fortalecem o dólar em relação às demais moedas. O resultado é um efeito inflacionário nas economias emergentes, levando também a juros mais elevados e a ações em baixa.
Porém, na segunda-feira (15), mesmo tendo registrado alguma turbulência na abertura, o Ibovespa (IBOV) fechou o primeiro pregão da semana com uma alta de 0,33%. O que ocorreu?
Perspectivas
Para além da incerteza com Trump, os investidores se animaram com as declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano. Em um encontro no Economic Club de Washington, Powell afirmou que o FED “não precisa esperar a inflação cair a 2%” antes de começar a reduzir os juros americanos.
Isso elevou para 92% as probabilidades de corte nos juros dos EUA na reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), o Copom americano, na reunião marcada para setembro. Deverá haver uma forte sinalização nesse sentido na próxima reunião, agendada para os dias 30 e 31 de julho.
Os juros referenciais nos Estados Unidos, os FED Funds, vêm sendo mantidos na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, nível mais elevado desde fevereiro de 2001. A Essa taxa influencia, direta ou indiretamente, o custo do dinheiro em toda a economia. Ao baixarem, elas causam a migração de recursos para ativos de renda variável.
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Vendas no varejo (Jun)
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