A Tesla, do bilionário Elon Musk, registrou na terça-feira (23) sua pior margem de lucro em mais de cinco anos, ficando abaixo das estimativas de Wall Street para o segundo trimestre deste ano. Isso ocorreu devido a cortes nos preços para reaquecer a demanda e ao aumento dos gastos com projetos de inteligência artificial. As ações da empresa caíram 8% no pré-mercado, refletindo a preocupação dos investidores com a redução de margens e o aumento das despesas.
A empresa disse que caminha para produzir novos veículos, inclusive modelos mais acessíveis, no primeiro semestre de 2025, embora eles resultem em uma redução de custos menor do que o esperado.
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“Provavelmente mais do que nunca na história recente da empresa os investidores da Tesla precisam de resultados; estes terão que chegar rápido — tanto para o robô humanoide quanto para o rôbo-táxi”, disse Thomas Monteiro, analista sênior da Investing.com.
O segundo trimestre foi turbulento, com o CEO Elon Musk adiando o desenvolvimento de um carro totalmente novo e mais barato em favor de modelos menos ambiciosos e de baixo custo, trabalhando ainda na criação de táxis autônomos, o que ajudou a impulsionar as ações.
A empresa também demitiu mais de 10% de seus funcionários para cortar custos. A Tesla disse ainda que o lucro foi pressionado por um aumento nas despesas operacionais, impulsionado em grande parte por projetos de IA e encargos de reestruturação.
A companhia registrou margem bruta automotiva, excluindo créditos regulatórios, de 14,65% no segundo trimestre, contra estimativas de 16,29%, de acordo com 20 analistas consultados pela Visible Alpha.
Dan Coatsworth, analista de investimentos da AJ Bell, disse que este é o quarto trimestre seguido que a Tesla fica sem conseguir atingir as metas de lucro. “A Tesla precisa encontrar uma melhor maneira de prosperar em um ambiente mais difícil para veículos elétricos agora, em vez de mais tarde”, afirmou.
A empresa divulgou receita de US$ 25,50 bilhões no trimestre, levemente acima do apurado um ano antes e do estimado por analistas, segundo dados da LSEG.
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O lucro líquido somou US$ 1,48 bilhão no segundo trimestre, versus US$ 2,70 bilhões de um ano antes, com lucro ajustado de US$ 0,52 por ação, abaixo do consenso em Wall Street, que esperava US$ 0,62, conforme calculado pela LSEG.