O dólar sobe forte em relação ao real na tarde desta quinta-feira (1º) e está acima de R$ 5,70. O movimento acompanha a alta generalizada da moeda norte-americana no exterior, em meio à maior aversão ao risco por causa da escalada da tensão no Oriente Médio.
Por volta das 15h25 (de Brasília), o dólar à vista subia 1,38%, cotado a R$ 5,7265. Na máxima da sessão, o dólar encostou em R$ 5,731, no maior nível em mais de dois anos e meio. Em 21 de dezembro de 2021, o dólar encerrou cotado a R$ 5,738.
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O aumento das preocupações com o cenário geopolítico, após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, na véspera em Teerã, impulsiona a força ao dólar ante as demais divisas globais. Os investidores avaliam qual deve ser a reação do Irã. O receio é de que o conflito possae escalar na região.
“O movimento do dólar no Brasil está alinhado com o externo, mas está um pouco mais forte aqui em função de vários fatores”, comentou o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado.
Segundo ele, ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tenha indicado na quarta-feira (31) estar preocupado com os efeitos do câmbio e das expectativas sobre a inflação, o colegiado não demonstrou intenção de subir a taxa Selic no curto prazo. “Isso é negativo para o real no curto prazo”, disse Machado.
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Outro fator para a força do dólar ante o real é a percepção entre os investidores de que o BC, por enquanto, não fará intervenções no mercado. A autoridade monetária tem repetido que eventuais intervenções serão feitas apenas em caso de disfuncionalidade do mercado — e não por conta do nível do câmbio.