O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicará Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. O atual diretor de política monetária do BC será o indicado para substituir Roberto Campos Neto.
O mandato do atual presidente do BC termina em dezembro deste ano. A indicação de Galípolo ainda precisará passar pela aprovação do Senado. O indicado será submetido a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.
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“Vamos respeitar a institucionalidade do Senado, que tem seu ritmo e afazeres, e saberá julgar o melhor momento de fazer a sabatina”, disse o ministro.
Além disso, o governo também começará a trabalhar na decisão dos três nomes que ocuparão cargos na diretoria do BC, que ficarão vagos no início do ano que vem. Segundo Haddad, as indicações vão ocorrer “oportunamente”.
Ao lado de Haddad no anúncio no Palácio do Planalto, Galípolo afirmou que é “uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa” receber a indicação. Ele ressaltou estar muito contente.
Recepção do mercado
Para Felipe Castro, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, o mercado espera que Galípolo se dissocie das pressões políticas e seja capaz de conduzir a política monetária com o mesmo “desprendimento” de Campos Neto. O atual mandatário foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e está no comando do BC desde 2018.
Segundo Castro, vai ser interessante ver o discurso do governo atual com o BC sob nova direção, após ataques pessoais à gestão de Campos Neto, que subiu a taxa básica de juros durante o período eleitoral.
Uma vez que a indicação era amplamente esperada, o especialista diz que a atenção do mercado estará nas declarações de Galípolo até a posse.
Quem é Galípolo
Ex-número dois de Haddad na Fazenda, Galípolo atua desde julho de 2023 como diretor de Política Monetária do BC. Antes, ele foi presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021. Galípolo também já foi professor da PUC-SP.
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Com bom trânsito na equipe econômica e no Congresso, ele já era visto pelo mercado financeiro e pelo governo federal como um nome para assumir a presidência da autoridade monetária. Galípolo também conta com a confiança do presidente Lula.