O Ibovespa encerrou a quinta-feira (22) em queda, registrando uma realização de lucros após alcançar máximas históricas e superar os 137 mil pontos na véspera.
O principal índice do mercado acionário brasileiro caiu 0,95%, fechando aos 135.173,39 pontos. Durante a sessão, o índice chegou à mínima de 134.835,74 pontos e à máxima de 136.462,18 pontos. O volume financeiro foi de R$ 21,27 bilhões antes dos ajustes finais.
As taxas dos DIs também fecharam em forte alta, refletindo uma precificação de 100% de probabilidade de que o Banco Central aumente a taxa básica Selic em setembro. Isso ocorreu após um novo discurso rígido contra a inflação do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, e a alta dos rendimentos dos Treasuries no exterior. No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025, que reflete a política monetária no curto prazo, estava em 10,749%, uma alta de 9 pontos-base em relação ao ajuste anterior.
O dólar à vista disparou quase 2%, aproximando-se novamente dos R$ 5,60. Esse movimento foi impulsionado tanto pelo fortalecimento da moeda norte-americana no exterior quanto pelo discurso firme de Galípolo sobre a inflação. O dólar à vista encerrou o dia com uma alta de 1,98%, cotado a R$ 5,5899. No entanto, em agosto, a moeda ainda acumula uma baixa de 1,17%. Às 17h08, na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo subia 2,01%, sendo negociado a R$ 5,5945.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio desemprego subiu para 232 mil na semana encerrada em 17 de agosto, ante 228 mil pedidos revisados para cima na semana anterior.
O resultado reforçou o argumento de que há um esfriamento do mercado de trabalho norte-americano, com operadores elevando as apostas de um corte de 25 pontos-base dos juros na reunião de setembro do Federal Reserve — e não de 50 pontos-base, como chegou a ser precificado.