O mercado financeiro reage de forma branda à nova geração de smartphones, Apple Watches e AirPods da Apple. Desde o lançamento dos produtos, na véspera (9), as ações da big tech têm comportamento tímido.
Pouco antes do meio-dia desta terça-feira (10), em Nova York, o papel AAPL caía 0,93%. Já na B3, o BDR da ação (AAPL34) recuava 0,57%. Um dia antes, após uma queda ao redor de 1% durante o pregão, os ativos se recuperaram e encerraram com leves altas, de 0,04% e +0,13%, respectivamente.
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Para William Castro Alves, da Avenue, existia uma grande expectativa com as novidades que a Apple traria. Segundo ele, a introdução da inteligência artificial (IA) em seus novos modelos de iPhone concentravam a maior ansiedade.
“No entanto, as novidades dentro do espectro de IA parecem tímidas”, diz. Daí porque as ações da empresa reagiram de forma branda.
Ao que tudo indica, ainda não chegou a hora de a IA para beneficiar a Apple e seus usuários. “Parece que a IA levará mais tempo para fazer mudanças transformacionais em iPhones”, diz Thiago Kapulskis, do Itaú BBA.
Huawei joga balde de água fria na Apple
Com isso, o foco se volta para as pré-encomendas dos novos iPhones. O produto responde por metade das vendas da Apple atualmente.
A previsão é de que os pedidos tenham início nesta sexta-feira (13). Já as entregas devem começar em 20 de setembro.
“O mercado e os analistas irão, a partir de agora, observar de perto o avanço de demanda e de pedidos para os novos gadgets como uma forma de projetar os resultados da empresa”, afirma Castro Alves, da Avenue.
Além disso, também é importante ficar atento aos rivais. Ainda mais após a Huawei tentar roubar os holofotes e anunciar que obteve mais de 3 milhões de pré-encomendas do smartphone com três telas e duas dobradiças.
Aliás, o anúncio da gigante chinesa ocorreu poucas horas antes da estreia da nova geração de iPhones pela Apple, ao longo da terça-feira.
O Mate XT da Huawei, um telefone dobrável em forma de Z, também foi apresentado em um evento de lançamento da empresa em Shenzhen, no Sul da China, na terça-feira.
Pressão nos preços
Especialistas ressaltam que o número de pré-encomendas da Huawei mostra a capacidade da empresa de contornar as sanções dos Estados Unidos, solidificando a posição como principal concorrente da Apple.
Vale lembrar que desde o ano passado a Apple foi forçada a cortar preços para sustentar sua participação no mercado chinês. A China é o segundo maior mercado consumidor da Apple, atrás apenas da Índia.
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Segundo Kapulskis, do Itaú BBA, a sinalização de que não haverá nenhum aumento de preço nos novos produtos, em especial no iPhone, podem pressionar as margens financeiras da Apple pelos próximos 12 meses.
“O preço permanece o mesmo em comparação com o modelo 15, com comparações semelhantes”, diz. Por exemplo, o iPhone 16 Pro tem o mesmo preço do iPhone 15 Pro e assim por diante.
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