A proximidade da Super Quarta, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos irão decidir o futuro da taxa básica de juros de seus respectivos países, deixa os investidores em compasso de espera nesta segunda-feira (16). Por volta das 10h20, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentava leve alta de 0,03%, aos 134.930 pontos.
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Enquanto isso, o dólar à vista recuava 0,13%, a R$ 5,5601.
Fed e Copom no radar
Tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro quanto o dos Estados Unidos (FOMC) decidirão o futuro das taxas básicas de juros de seus países na próxima quarta-feira (18).
O caminho a ser seguido por cada BC é bem distinto. Enquanto nos Estados Unidos a expectativa é que o Fed faça o primeiro corte de juros em quatro anos — após dados mostrarem uma desaceleração da economia —, o Copom poderá voltar a subir a taxa Selic.
Isso porque a economia brasileira tem mostrado sinais persistentes de aceleração, o que alimenta os indicadores de inflação e desancora as expectativas do mercado — dificultando o trabalho do BC de tentar fechar o ano com a alta dos preços dentro da meta estabelecida.
Como a maior parte dos indicadores econômicos saíram nas últimas semanas, as bolsas globais devem seguir em ritmo mais lento até que a definição seja conhecida.
Nos Estados Unidos, o dia começa com os principais índices em leve alta. Por lá, a expectativa é que o corte na taxa básica de juros seja de 0,25 pp.
Boletim Focus
Mais cedo, o Boletim Focus, com estimativas do mercado para os principais indicadores econômicos, mostrou que os economistas agora esperam uma inflação, Selic e PIB mais altos para 2025. Os números devem ser digeridos pelo Ibovespa ao longo do pregão desta segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a taxa de juros deve fechar 2025 em 10,50% ao ano. Na semana passada, a expectativa era de 10,25%. A expectativa para o índice de preços ao consumidor é de alta de 4,35%.
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Para o PIB brasileiro a projeção é de crescimento de 2,96% neste ano, de 2,68% na semana anterior. Para o próximo ano, não houve mudança na expectativa de expansão, que é de 1,90%.