As vendas no varejo brasileiro encolheram 0,2% em agosto ante o mesmo período do ano anterior, aponta o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA). O índice acompanha as vendas de 780 mil varejistas credenciados à empresa de pagamentos em 18 setores e desconta o efeito da inflação nas transações.
De acordo com a Cielo, o resultado real descontando a inflação só não foi mais negativo por causa das comemorações do Dia dos Pais.
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“Segmentos presenteáveis, como Varejo Alimentício Especializado e Móveis, Eletro e Depto, apresentaram alta no mês e é possível inferir que o resultado esteja relacionado com a data”, afirmou o vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, Carlos Alves, em comunicado à imprensa com os dados.
“Já o setor de Supermercados e Hipermercados, favorecido pela deflação observada pelo segundo mês consecutivo, também amenizou a queda do Varejo. Como o desempenho desse segmento foi acima de Bares e Restaurantes, é possível supor que as famílias preferiram comemorar o Dia dos Pais em casa”, acrescentou.
Entre os macrossetores, serviços teve um declínio de 3,5%, enquanto bens duráveis teve queda de 0,5% e bens não duráveis registrou elevação de 1%.
Sobe e desce
Por região, tiveram performance negativa Centro-Oeste (-2,7%), Sudeste (-1,2%), Norte (-1,2%) e Nordeste (-0,8%). A exceção foi o Sul, com alta de 3%. Vale lembrar que, após as enchentes no Rio Grande do Sul, o governo federal autorizou a distribuição de vouchersno valor de R$ 5.100 para que as famílias pudessem reconstruir suas casas após a catástrofe.
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Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista e embutem a inflação, o faturamento no varejo subiu 4,7%. Nessa métrica, o comércio eletrônico registrou aumento de 6,5%, enquanto vendas presenciais cresceram 4,2%.
(Com Reuters)