O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, caiu 0,02% em agosto, revertendo a alta de 0,38% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).
A queda dos preços no período já era esperada. Pesquisa da Reuters apontava que os analistas esperavam ligeira alta de 0,01% do IPCA.
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Já no acumulado em 12 meses até agosto, o IPCA acumula alta de 4,24%, recuando-se em relação ao aumento de 4,50% até julho. Analistas esperavam alta de 4,30% no período até o mês passado.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda, influenciando o resultado apresentado. O setor de habitação teve queda de 0,51% nos preços, enquanto Alimentação e bebidas recuou 0,44%.
Com isso, houve um alívio de 0,08 ponto percentual (p.p) e de 0,09 pp vindo desses grupos, respectivamente, no resultado final do IPCA.
Em Habitação, a maior pressão deflacionária veio do preço da energia elétrica e o retorno da bandeira tarifária verde. Assim, o indicador passou de alta de 1,93% em julho para uma queda de 2,77% em agosto.
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Por outro lado, dentre as altas, o grupo Educação foi o que mais pressionou o IPCA para cima. A alta mensal de 0,73% representou 0,04 pp de pressão.
E a Selic?
Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, os números podem ser considerados “muito bons”. No entanto, podem não ser suficientes para consolidar a projeção de manutenção da taxa Selic para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem.
“Mas seria bem estranho subir juros com essa melhora no IPCA”, diz. Para ele, “provavelmente” a inflação vai fechar abaixo do teto da meta este ano.