Japão promete construir até 2030 supercomputador “classe zeta”
O patrimônio dos bilionários tem, no mínimo, dez dígitos. Já o universo do sextilhão representa o 1 seguido de 21 zeros. Mas essa quantia não se trata da fortuna de Elon Musk, Jeff Bezos ou algum outro homem que figura no ranking Forbes dos mais ricos do mundo.
Estamos falando da capacidade de cálculo por segundo que terá o supercomputador que o Japão irá construir. A máquina, que deve ser mil vezes mais potente do que as mais rápidas da atualidade, deve entrar em operação em 2030. No fim de agosto, o governo japonês revelou os planos para a supermáquina pela primeira vez.
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A nova geração dará início à “classe zeta”. Ou seja, será capaz de atingir velocidades na escala zetaFLOPS. O custo deve ser de mais de US$ 750 milhões (R$ 4,2 bilhões). Quando estiver totalmente nas operações, a supermáquina ajudará no desenvolvimento do ritmo da Inteligência Artificial (IA) e da pesquisa científica.
Tecla SAP
Operações de ponto flutuante por segundo – os chamados FLOPS – servem para medir a rapidez com que os computadores conseguem resolver problemas. Geralmente, uma operação de ponto flutuante é um único cálculo.
Assim, um supercomputador com uma velocidade de 1 zetaFLOPS deve ser capaz de fazer um sextilhão (1 seguido por 21 zeros) de cálculos por segundo. Trata-se de algo inédito até o momento.
Atualmente, os supercomputadores mais poderosos quebraram a barreira dos exaFLOPS. Ou seja, podem fazer pouco mais de um quintilhão – 1 seguido por 18 zeros – de cálculos por segundo.
Com isso, o Japão pretende reconquistar o posto de principal desenvolvedor do supercomputador mais rápido do mundo. O Fugaku (0,44 exaFLOPS) detinha esse título até perder o posto em 2022 para o supercomputador Frontier, dos Estados Unidos (1,2 exaFLOPS). Depois, o Fugaku caiu outras posições e é considerado o quarto supercomputador mais poderoso do mundo.
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O objetivo do novo supercomputador que o Japão pretende desenvolver e que irá receber o nome de Fugaku Next deve ser o sucessor do Frontier. E, assim, tornar-se o supercomputador mais poderoso do mundo.
(*Com agências internacionais)
